quinta-feira, 17 de setembro de 2009

Trecho de "Laurinha e o sumiço do fiozinho arrepiado"

" Laurinha acordou diferente àquela manhã. Uma preguiça inexplicável envolvia desde o seu dedinho bem pequenininho até aquele último fiozinho de cabelo –aquele que insistia em ficar arrepiado, mesmo depois de a sua mãe puxá-lo e repuxá-lo às seis e meia da manhã e usar prancha alisadora. O rádio despertou no alarme, ela colocou na sua estação preferida e resolveu apertar o ‘snoose’, virou pro lado e voltou a dormir.Levantou cheia de energia, passou pelo espelho e nem reparou que aquele fiozinho estava no lugar; seguiu até o banheiro, procurou sua escova de dente no lugar de sempre, mas não a encontrou, olhou ao seu redor, procurou sua toalha preferida, mas cadê?No lugar, tinha uma outra toalha de cor indefinida, resolveu tocá-la: era tão macia! Continuou. Pensou: “Vou usar essa toalha mesmo. Mamãe deve ter deixado ela aí pra mim.” Deu,então, um PUXÃOZÃO na bichinha e ouviu um GRITO:

—AHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHH!

E Laurinha na mesma hora retribuiu o G R I T O – que foi bem maior, é claro! –

AHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHH!

Gritou e saiu correndo desesperada, largando a fofa toalha no chão e batendo a porta do banheiro com força. Desceu as escadas rapidamente, chamando pela sua mãe, sem obter resposta. Olhou-se num espelho de cristal enorme que tinha na sala e reparou no fiozinho arrepiado: Opa! Ele não estava arrepiado! Como podia ser? Aquele fiozinho arrepiado acompanhava-lhe desde que nascera!

Quando sua mãe trouxe-a ao mundo, o fiozinho estava lá. Laurinha não conseguia se imaginar-sem ele, aliás, não podia imaginar sua vida sem ter que tentar desarrepiá-lo. Parecia estranho, mas era o que sentia. Sentou no tapete e começou a chorar: Mamãe, cadê você? Fiozinho, cadê você? E a minha toalha? Eu não quero mais tomar banho! Cadê a minha escova de dente?? Eu não vou tomar banho nunca mais...

De repente ouviu-se um espirro, na verdade dois espirros. Êpa! Três, quatro... seis. Laurinha deu um pulo: o tapete movimentava-se pra cima e pra baixo. Correu pra se esconder atrás do sofá. Mas dessa vez resolveu espiar.Só deixou sua cabeça visível. O tapete de franjinhas piscou pra ela e disse..."

Essa estória está à procura de editoras. Adote-a e faça uma criança e uma escritora bem felizes.

segunda-feira, 7 de setembro de 2009

Lançamento do livro"Um soneto para Machado de Assis"

O lançamento do livro "Um soneto para Machado de Assis aconteceu no dia 11 de setembro de2009 durante a XIV Bienal do Livro do Rio de Janeiro, no auditório Cora Coralina,Mezanino I- Pav. Azul do Rio Centro - Barra da Tijuca- das 19 às 21 h.Além de o livro estar disponível para compra no site da editora, ele ficará à venda no stand da mesma durante toda a Bienal no Pavilhão Verde Q17.
Cabe lembrar que o soneto "Olhos de Ressaca", de minha autoria está nesse livro.
Veja as fotos: