LiVE 29/11/2020

 

Lançamento hoje , 23/11,na Flisgo às 16 h

 

UM CONVITE À REFLEXÃO

 

O dia de hoje, naturalmente, faz-nos lembrar de todos aqueles que já não estão mais entre nós. A saudade bate e percebemos o quanto a vida passa rápido e o quanto é importante fazermos um balanço sobre tudo o que somos e tudo o que fizemos até aqui.

Às vezes ficamos ligados a tantas bobagens...

Brigamos por qualquer motivo.  Colocamo-nos numa posição superior de ofendidos e, por orgulho, vamos ficando distantes e, aos poucos, isolados.

Será que é preciso adoecer ou passar por momentos difíceis para entendermos que a vida passa muito rápido e que não devemos nos prender a coisas tão pequenas? 

Hoje trago um convite à reflexão: você está fazendo o suficiente por você e pelas pessoas? Hoje você acordou e agradeceu pela sua vida, pela sua saúde e por todas as suas conquistas? Hoje você já disse "eu te amo" para aquela pessoa especial? Hoje você já mandou mensagem para aquela pessoa importante para você? Você é do tipo de pessoa que guarda mágoas? 

Limpe sua mente e seu coração e siga adiante. Agradeça por todos que passaram por sua vida e por tudo que aprendeu com eles. Viva cada momento com responsabilidade, mas com vida.

Não deixe que os momentos escorram pelas suas mãos e lembre-se , com gratidão e saudade, de todos aqueles que preparam o caminho para que você seguisse adiante.

Ronaldo Santana em 25/10

 

Ana Cristina Rosito convida Ronaldo Santana em 25/10/2020

     Ana Cristina Rosito recebe o ilustrador, animador 2 D e escritor Ronaldo Santana, neste domingo, 25/10/2020 em sua live.  

     O seu convidado  ilustrou as séries "Sara e sua turma" e "Amazon- Guerreiros da Amazônia", além de livros de RPG para editoras americanas e brasileiras. Como animador 2D , trabalhou  em produções cinematográficas como "Turma da Mônica" ( Uma aventura no tempo) e "Xuxinha e Guto contra os monstros no espaço". Desenvolveu personagens e animou  na série de TV "Meu Amigãozão" e agora estreia na literatura como escritor  com "Luana - a filha da lua", obra de estreia  também de   Flaviana Rangel.

 Não perca! 17 h no Instagram @anacristinarosito 

LUCINEI CAMPOS HJ NO INSTA

 

O "Ana Cristina Rosito convida" de hoje recebe o autor Lucinei Campos! Programação especial do mês das Crianças!

Não perca! Hoje, 18/10/2020 às 17 h no Instagram @anacristinarosito !

Marisa Leal hoje no Instagram

 

O "Ana Cristina Rosito convida"de hoje receberá a dubladora Marisa Leal que abrirá as lives especiais de outubro cujo tema será voltado ao Dia das Crianças. Marisa Leal tem inúmeros trabalhos de peso em seu currículo entre eles a dublagem de Ariel de "A pequena sereia" e do Baby da "Família Dinossauro"

Não perca!

LIVE HOJE NO INSTA

 

Hoje receberemos, no "Ana Cristina Rosito convida" a professora e musicista Anna Paula Behrend, às 17 h em @anacristinarosito.

Você vai se emocionar! Não perca! 

Júlio Emílio Braz no "Ana Cristina Rosito convida"

 

Ana Cristina Rosito CONVIDA ( chamada)

 

AOS PAIS DE TODO DIA

 

JOÃO, O GATO

 

Ontem, foi um dia triste, pois o nosso querido João, após 13 anos  de companheirismo e alegria, nos deixou. 

João, era o gatinho de Dandara, filha de um grande amigo meu. João foi o único gato com o qual convivi, pois sempre tive cachorros em casa. Conheci-o numa viagem que fiz para Saquarema. Naquela época, hospedei-me no apartamento da avó de Dandara e foi ali, tomando café, que a ideia da história "Dandara e as vaquinhas" surgiu. 

Assim, João transformou-se em uma das personagens do meu primeiro livro infantil.  

O que me consola é que ele seguirá imortalizado ali. Quando eu publicar outros episódios da aventura de Dandara, ele continuará presente no livro, nas nossas lembranças e no nosso coração.

Vlw, João! Você foi morar agora no mundo imortal das personagens infantis. Boa viagem, amigo! Logo trarei você de volta. Enquanto isso, descansa! 

AH, MUNDO VIRTUAL...

Imagem retirada de http://rogeriocher.com.br/2016/05/06/busca-da-felicidade-ou-felicidade-da-busca-o-que-e-melhor/

   Nos dias do ano da graça de 2020 que estranhamente seguem sem seguir, podemos dizer que temos "vivido" um  processo de aprender, reaprender e desaprender. Itens que eram de primeira necessidade tornaram-se supérfluos e itens que achávamos ser supérfluos tornaram-se de primeira necessidade.

  Vejam o caso do abraço. Estava ali disponível para ser utilizado a qualquer momento e agora percebemos o quanto é caro. A ida ao shopping precisou esperar e  parece-me que ninguém morreu de abstinência de shopping.

     Ah... e o som das ondas do mar...aquele mar tão lindo! Confesso que me emocionei na semana passada quando fomos ver o mar...

    Não sei se as pessoas estão percebendo, mas a frase " a felicidade está nas coisas simples"  é uma certeza.

   Além disso, não sei quanto a vocês, mas estou cansada do "mundo virtual". Acho-o necessário e acredito que muito do que aprendi sobre ele tem a ver com o tempo que vivemos. Entretanto, apesar de ser grata à tecnologia que nos cerca, acho que o "virtual"  precisa voltar a ser um complemento, não um modo principal de vida no século XXI. O real é muito mais gostoso e vivo. 

  No site Wikipédia, diz o seguinte sobre a palavra virtual: "O termo virtual vem do latim medieval Virtuale ou Virtualis cujo radical Virtus foi mantido e significa: virtude, força ou potência."  Na linguagem computacional, ainda conforme Wikipédia,significa "fisicamente não existente, mas simulado por software", uso  que surgiu em 1959. "Fisicamente não existente" é sim uma boa definição.

   Escrevi isso tudo para dizer que estou com saudades de abraços e de festas de aniversário com bolos, docinhos e sem máscaras! Estou com saudades de não ter que me preocupar com álcool em gel,  nem com dar banho nas compras ou com marcações no chão. Estou com saudades das feiras literárias, das visitas feitas nas escolas, das idas à Ilha do Governador . Estou com saudade de viajar. Estou com saudades da escola na qual leciono. Ah... estou com saudade de viver naturalmente sem que o medo e a incerteza engessem o meu jeito natural de ser e de agir. Quero desligar o computador e o celular e prestar a atenção na brisa do mar,  jogar-me na areia e ser plenamente feliz ao lado das pessoas que amo.

    Sim, a felicidade está nas coisas simples.

PARTICIPANTES DO "ANA CRISTINA ROSITO CONVIDA" (@anacristinarosito)

     Live com Bruno Black em 28/06/2020

Live com Fernanda Garcia e Pablo Falcão em 05/07/2020

Próximos convidados:

JULHO

12/07/2020 - Allan Vilches 

19/07/2020 - Gilberto d'Alma

26/07/2020 - Andrea Marques 

AGOSTO

2/08 - edição especial - 4 anos do lançamento de "Lagarta-crisálida-borboleta"

9/08- Cris Ávila

16/08- Mariza Sorriso

23/08 - Valu Vasconcellos

30/08 - Júlio Emílio Braz

O  "Ana Cristina Rosito convida" acontece todo domingo ao vivo às 17 h (horário de Brasília)  no instagram @anacristinarosito .

Ana Cristina Rosito convida Samba Artesanal 05//07/2020 em @anacristinarosito no Insta

ANA CRISTINA ROSITO CONVIDA BRUNO BLACK em 28/06/2020

Progração do Ana Cristina Rosito convida

Horário de Brasília

Ana Cristina Rosito convida Bruno Black no Instagram

Horário de Brasília

ESPECIALMENTE PARA VOCÊ, de Ana Cristina Rosito-pedido de Eloísa Martins

LIVE no dia 13/06/2020 com Fabiana Esteves

VOCÊ, de Ana Cristina Rosito

VOCÊ, de Ana Cristina Rosito

POEMAS de Lúcia Gomes no projeto Literatura em minha vida

QUERO RESPIRAR, de Ana Cristina Rosito

CONVITE:LIVE COM BRUNO BLACK EM 07/06

OFENDA-SE, poema de Ana Cristina Rosito

FOTOS DE "E TOME... POESIA" (3a edição) -01/06/2020

Projeto "E tome... Poesia (3a edição)

LIVE HOJE 01/06/2020 - ORGANIZAÇÃO GILBERTO D'ALMA

LINK PARA
O EVENTO
DE HOJE, 19h:
"...e tome POESIA!"
☆☆☆☆☆☆☆☆☆
👇🏻
https://www.facebook.com/poloculturalilha/

CONVITE
PARA A PRÓXIMA EDIÇÃO!!!
~~~~~~~~~~~~~
"...E
TOME POESIA!"
3a. Edição
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Data-Dia-Hora
01/06/20
Segunda - 19h
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"AO VIVO",
no Facebook, na página do Polo Cultural Ilha
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Leitura de Poemas com o Poeta: GILBERTO D'ALMA
e as Poetisas convidadas:
ANA CRISTINA ROSITO
e
ZILDENE PAZ
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O QUE É
O PROJETO?
Serão leituras de Poemas, AO VIVO (live), com:
Gilberto D'Alma
e mais (2) Poetas/Poetisas convidados;
sendo apresentado na página do Polo Cultural Ilha,
no Facebook.
********************
Os Poemas são:
de própria autoria dos Participantes,
de Poetas/Poetisas insulanos, da Ilha
do Governador
e
de Poetas Poetisas consagrados brasileiros ou não.
********************
REALIZAÇÃO:
Polo Cultural Ilha
********************
IDEALIZAÇÃO
e APRESENTAÇÃO:
Gilberto D'Alma
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APOIO CULTURAL:
Colégio CCIG, Quiosque Moreno Lanches, Coletivo Ilha Arte e Cultura
e Jornal Ilha Notícias

LIVRE DE TÍTULO, de Ana Cristina Rosito

Entrevista em 14/07/2017 à Rádio Rio de Janeiro com a presença do saudos...

Entrevista na Rádio Rio de Janeiro em 14/07/2017 com a presença do saudo...

ENGENHO

ENGENHO – Ana Cristina Rosito

Doce e rascante

ardente

esperada e surpreendente

temida

paciente

envolvente e delicada

no lábio, represada

no olhar, desejada

na pele, impregnada

na ausência, presença

na presença, ignorada

fere e separa

ata e desata

a vida da gente

mata e reata

lavra e germina

por vezes, cuspida

por vezes, esculpida

ensina e reanima

humana

divina

Palavra

Antologia " A poesia na Rota de Camões" (Ano 2019), p. 38 , Organização Mariza Sorriso. 

Lançamento no Brasil, em Portugal e  em Guiné Bissau.                                                                                                                      

Trecho da 1a Epístola de Paulo aos Coríntios

ENTREVISTA DURANTE LANÇAMENTO DE " O MENINO ATRÁS DO MURO"

DECLARAÇÃO

 Imagem de https://www.educolorir.com/imagem-cupido-i30816.html

Não quero magoar-te, meu amor

Por tudo que vivi

Por tudo que senti e dessenti

Não quero estragar o teu sorriso

Com falsos choros de amores desvividos

Com falsas lamentações nunca mais

Quero querer-te completamente

Sem que o passado me atormente

Quero dizer que te amo e nada mais

Autoria: Ana Cristina Rosito

Livro: Dimensões (Quártica e Multifoco) - p. 59

DOMINGO POÉTICO

 Imagem pertence a https://www.bionaturalis.com.br/essencia-hidrossoluvel-algodao-doce-p116

Domingo com poema

É parque com bicicleta

Orla de mãos dadas

Final feliz de novela

Algodão doce mesclado

Sorvete no feriado

Beijo diante da tela

Passarinho na janela

Brigadeiro da Colombo

Pizza de muçarela.

Autoria: Ana Cristina Rosito

Livro: Palavreiras 2018-  Editora Autografia

Antologia lançada na Bienal de SP 2018 e FLIP 2018

CONTO "A ÁRVORE E O ANJO", DE ANA CRISTINA ROSITO

CONVITE PARA O PROJETO "LITERATURA EM MINHA VIDA" , de ANA CRISTINA ROSITO

ORGULHO DO MEU TRABALHO

APESAR DE

Ana Cristina Rosito e editora Katzen na LER 2019

TENTANDO ENTENDER O QUE ME PARECE ESTRANHO

     

Imagem de retirada de "*Hora Cósmica*: maio de 2019"

     No Brasil, aquilo que há séculos parecia ser sempre varrido para debaixo do tapete, parece agora gritar para vir à tona. Corrupção, egoísmo, desmandos ... Uma hora isso e tantas outras coisas teriam mesmo que chacoalhar os ânimos. Não é isso  o que me parece estranho, pois sempre houve corrupção em nosso país desde a época dos  longínquos anos de 1500 e, com o passar dos anos, nas pequenas atitudes, também se formou um grupo grande de pessoas  corruptas que nem percebem que  o são.

     Outras coisas sim me causam espanto e estranhamento e uma delas é  o  a mania de querer ter razão a todo custo o que leva muitas vezes a uma pós-verdade e ao negacionismo daquilo que empiricamente é óbvio. Assim, no frigir dos ovos, não há quem não saia perdendo, só que grande parte das pessoas nem se dá conta.

     De ontem para hoje,oficialmente falando, pois  a subnotificação é grande, morreram vítimas do coronavírus, no nosso país, 844 pessoas e o número de contaminados superou a marca de 200 mil pessoas. De ontem para hoje, ficamos sem Ministro da Saúde que pediu exoneração, lembrando que já é o segundo a sair só neste período de pandemia.

     Também agora reflito sobre  como alguém pode pensar em tirar vantagem financeira superfaturando respiradores ou itens essenciais para o auxílio ao combate ao coronavírus?  E como temos visto isso acontecer! Gente que já havia sido presa, ganhou direito à prisão domiciliar e, de casa, continua roubando.

     Passamos por uma época difícil que merece uma reflexão factual e não ideológica e, se isso não for feito, passaremos mais quinhentos anos batendo cabeça. 

     Agora sobre o que acontecerá amanhã? Infelizmente mais pessoas morrerão e nosso país viverá mais um capítulo dessa sucessão de desacertos políticos que tem  formado, ao longo de séculos, a nossa história.

E que Deus nos ajude!

 

FLIPA 2019 tbt

Tempo de Brincar, Ler, Sonhar O POETA EM CASA 3ªed (3a e última parte)

Tempo de Brincar, Ler, Sonhar O POETA EM CASA 3ªed (2a parte)

Tempo de Brincar, Ler, Sonhar O POETA EM CASA 3ªed (1a parte)

"Acalanto" , de Ana Cristina Rosito por Klara Rakal (FLIP 2019)

INTOLERÂNCIA

" A gaivota", de Paulinho Thomaz por Ana Cristina Rosito

"O tempo passa", por Andreia Marques

EM CASA ( no celular)

     

     Hoje continuei em casa. Lavei roupa, cuidei dos cães, escrevi, falei ao telefone com a minha querida amiga que havia encontrado no supermercado ontem. Fazíamos isso na adolescência. Ficávamos horas e horas ao telefone. Quem nunca? 

    Falei com minha mãe também, usei várias vezes as redes sociais, assisti à novela "Éramos seis" que acabará amanhã e vi noticiários. Vi poucos, pois, nesses tempos,em excesso, fazem mal à saúde mental. 

      Confesso que,apesar de não parar quieta em casa, estou "meio sei lá". Vou explicar: fico "meio sei lá " quando não sei sobre algo. Não sei quando esse vírus vai parar de nos  ameaçar a saúde. Não sei até quando esse vírus vai ameaçar a economia. Não sei quando poderei voltar ao trabalho, ir ao cinema,a um barzinho, a uma feira literária. Não sei quando poderei socializar. Não sei quantas pessoas ficarão sem emprego. Simplesmente não sei. Estou até tendo saudade  de lugares aos quais ainda não fui.

     Essa sensação " meio sei lá" traz uma certa melancolia.  

    Hoje, por exemplo ,ainda dentro de casa, minhas forças parecem faltar ao ver, através da tv, tanta tristeza,tantas contaminações e guerras  de interesse. Mas, apesar disso tudo,continuo seguindo com esperança.

AS COMPRAS NO SUPERMERCADO

     

       Hoje escrevo já utilizando meu computador. O dia iniciou-se tranquilamente. Consegui acordar um pouco mais tarde, fiz o que tinha que fazer em casa, assisti aos telejornais para manter-me informada, passei as listas de compras para um papel - a lista de minha mãe, de minha sogra e a nossa- para podermos ir ao supermercado. 

    Saímos com uma garrafinha de álcool em gel, 2 pares de luvas e duas máscaras- os dois últimos itens guardados para quando fôssemos levar as compras para nossas mães por medida de segurança- esperamos o elevador meio inseguros sem saber se viria com alguém o que não se tornou um fato.Entramos no elevador e tocamos com a pontinha de um dos dedos no botão do térreo. Descemos sem encontrar ninguém além dos porteiros que nos olhavam assustados.

      A rua, quase deserta para uma quarta-feira, dava-nos uma sensação esquisita. Seguimos. Chegamos no supermercado que fazia parte de  uma rede nova no Rio de Janeiro. Corredores quase desertos, um silêncio, marcas em falta... Cartazes  informavam que a quantidade de produtos estava limitada por pessoa.

     Encontramos um casal amigo nosso que não víamos há um certo tempo. Todos nós ficamos alegres, mas ao mesmo tempo sem saber o que fazer. Era estranho não abraçá-los. Era estranho convencer-nos de que era estranho, pois sabíamos que era daquele jeito que tinha que ser, mas nossa amizade pedia um abraço caloroso, beijos na face, apertos de mão... Mas, naquele momento, era necessário manter-nos afastados e respeitoso mantermos distância. Demos um tchau de longe e seguimos com nossas compras, até que resolvemos só levar água e fomos devolvendo todo o restante às prateleiras. Sim, deu trabalho, mas isso também é uma questão de respeito. Seguimos para o caixa, eu e meu marido, meio que incomodados. Todo mundo  olhava-se com um medo, um estranhamento... Começou a me dar agonia. Havia faixas no chão para que fosse respeitada a distância de um metro entre as pessoas.Faixas que se alternavam entre o vermelho e o amarelo. A moça do caixa de máscara e luvas nem falava. mal nos olhávamos. Ah, esqueci de mencionar: antes de entrarmos, usamos álcool em gel com um lencinho de papel para higienizar a parte do carrinho na qual apoiamos nossas mãos.

     Enfim, fomos a outro supermercado. Antes de entrar no carro, higienizamos as mãos mais uma vez. Chegamos em outro supermercado que estava mais cheio. Ali não havia cartazes limitando quantidades.Mesmo processo: álcool nas mãos, álcool no carrinho. Faltavam também mercadorias. No lugar do sabonete, pacotes de toalha de papel; no lugar do desodorante feminino, uma prateleira vazia. Assim, foi acontecendo: detergente neutro, desinfetante, farinha de trigo, água com gás... Os ovos de Páscoa pendurados pareciam ali meio que sem sentido.  Fizemos as compras, conscientemente, levando só o que era necessário, pagamos e saímos. Higienizamos as mãos novamente antes de entrar no carro e seguimos para a minha mãe. Ruas quase desertas, mas com bastantes carros de polícia. Paramos o carro. Meu marido colocou a máscara e as luvas e tirou os sapatos. Sim, tirou os sapatos depois, porque, com tantos detalhes, esquecemos. Mas tirou daquele jeito conhecido de primeiro, um pé calçado tira o sapato do outro pé e depois o outro pé com meia tira o sapato do pé calçado. Não sei se deu pra entender, mas o objetivo da frase é dar a entender que não foram usadas as mãos para tirar os sapatos! - Ops! Tanto detalhe assim faz surtar, minha gente!

     Pois bem.Mercadoria entregue, conversas de máscara feitas à distância, ficando eu do lado de fora.     Eu não via minha mãe pessoalmente desde o sábado anterior. Isso é realmente dolorido, pois minha rotina é vê-la quase todo dia. Vê-la à distância é irritante, eu diria, mas se é assim que tem que ser por hora, que seja. Só desejo, sinceramente, que isso tudo passe logo.

    Continuando... Não sei quanto a vocês, mas só de contar essa saga, estou cansada.

   Mas vamos lá: Demos "tchau" à distância e fomos para a casa da minha sogra. Mesmo processo de higienização. Ruas quase desertas. AV. Brasil e Linha Amarela quase sem carros.Isso é inacreditável para quem mora no Rio. Estacionamos o carro e ,  de luvas, levamos as mercadorias e também de máscaras. Entramos no elevador e, quando nos olhamos no espelho, parecia cena de filme de epidemia. Algo surreal. Nós dois de luvas e máscaras. Deixamos as mercadorias. Vimos minha sogra de longe. Mesmo processo de tirar os sapatos. Naquela cena aparentemente ridícula, todos rimos, mas com a certeza de que era o melhor a se fazer.

    E mais uma vez higienizamos as mãos. Sei que estou pulando alguns detalhes, mas é porque,se for minuciosa, terei que dividir em capítulos nossa saída de hoje. 

   Voltamos para o prédio ainda com máscaras e vimos os porteiros assustados. Paramos o carro, higienizamos as mãos, meu marido foi pegar o carrinho do prédio e higienizou o carrinho. Luvas jogadas fora. Eram para protegê-las, não a nós. Subimos o elevador, repetindo o ritual, entramos sem sapatos em casa. 

   Quando fui arrumar as compras com toda preocupação de higienização já estávamos exaustos, porém felizes, porque a missão fora cumprida: preservar nossas mães e meu tio da contaminação desse vírus.    Cabe ressaltar que só saímos,pois foi necessário mesmo e tentamos seguir as recomendações dos especialistas.  Peço que as pessoas sejam conscientes nisso e também quando fazem compras. Comprem só o necessário. Saiam só se necessário. Cuidem-se e cuidem do outro. 

   Quanto ao álcool em gel? Não o encontramos. Se alguém encontrá-lo por aí, mande lembranças. 

DISTANCIAMENTO SOCIAL

Já faz um bom tempo que estou sem computador o que dificulta minhas postagens aqui. Mas hoje resolvi tentar fazê-lo pelo celular mesmo que não consiga manter uma qualidade estrutural a qual eu mesma me exijo devido ao meu lado perfeccionista de virginiana. 

Estou em isolamento social -ou distanciamento social- como já é comum chamar nossa situação "em tempos de Coronavirus" desde a sexta-feira, 13/03, se a memória não me falha. De lá pra cá, já fiz inúmeros podcasts, videos, postagens no Instagram e Twitter. Já fiz pizza de sardinha, bolo, macarrão, frango, hambúrguer.

  Já fiz video chamadas, já me confundi com panelaços, já dei banho nos cachorros, já fiz jardinagem e vi novelas,programas e noticiários. 

Já  viajei pelo mundo do sofá assistindo a programas de viagens, já mergulhei em belas histórias através da leitura.

    Já vi pessoas negligentes e teimosas e pessoas apavoradas. 

     Não sei até quando isso durará. Sofro pela minha cidade, pelo meu país, pela Itália, pelo mundo. Mas carrego a certeza de que quando isso acabar, o mundo não será mais o mesmo e o ser humano não será mais como era antes.

TER e SER ,de Ana Cristina Rosito

VIDA