quinta-feira, 17 de janeiro de 2013
UMA DAS VERGONHAS NACIONAIS
Recebi esta postagem no Facebook e resolvi copiá-la aqui. Este texto mostra bem o que vem acontecendo, infelizmente, em nosso país.Uma vergonha. Leiam:
O filho termina o segundo grau e não tem vontade de fazer uma faculdade.
O pai, meio mão de ferro, dá um apertão:
- Ahh, não quer estudar? Bem, perfeito. Vadio dentro de casa eu não mantenho,
então vai trabalhar...
O velho, que tem muitos amigos, fala com um deles,
que fala com outro até que ele consegue uma audiência com um político que foi seu colega
lá na época de muito tempo atrás:
- Rodriguez!!!! Meu velho amigo!!! Tu te lembra do meu filho?
Pois é, terminou o segundo grau e anda meio à toa, não quer estudar.
Será que tu não consegue nada pro rapaz não ficar em casa vagabundando?
Aos 3 dias, Rodriguez liga:
- Zé, já tenho. Assessor na Comissão de Saúde no Congresso, R$ 13.700,00 por mês, prá começar.
- Tu tá loco!!!!! O guri recém terminou o colégio, não vai querer estudar mais, consegue algo mais abaixo...
Dois dias depois:
- Zé, secretário de um deputado, salário modesto, R$ 9.800,00, tá bom assim?
- Nãooooo, Rodriguez, algo com um salário menor, eu quero que o guri tenha vontade de estudar depois....
Consegue outra coisa.
- Zé, não sei se ele vai aceitar, mas tem um de assessor da câmara,
que é só de R$.6.500,00...
- Não, não ainda é muito, aí que ele não estuda mais mesmo..
- Olha Zé, a única coisa que eu posso conseguir é um carguinho de ajudante de arquivo,
alguma coisa de informática, mas aí o salário é uma merreca, R$ 3.800,00 por mês e nada mais....
- Rodriguez, isso não, por favor, alguma coisa de 510,00 a 600,00 ou 700,00 no máximo.
- Isso é impossível Zé!
- Mas, por quê?
- PORQUE com este salário aí eu só tenho vaga pra professor e aí precisa de CURSO SUPERIOR, MESTRADO, DOUTORADO ... aí é difícil porque precisa passar em concurso!
(Não havia o nome do autor na postagem)
terça-feira, 15 de janeiro de 2013
VAI UMA PIZZA AÍ?
Hoje comi uma pizza que me lembrou as pizzas que comia na época em que eu estudava no Colégio de Aplicação Luso Carioca.Lembro-me que entrei lá no Jardim I e minha mãe conta que no meu primeiro dia de aula, quem chorou foi ela. Eu nem olhei para trás. Naquela época, não havia esse mundo de mochilas e lancheiras para escolher.Lembro-me que tinha uma espécie de pastinha com dois ou mais patos que simulavam um dando aula e outro atento olhando.Essa foi a minha primeira "pasta-mochila", tinha uma bolsa com a estampa do Mickey e uma merendeira.
Entrei na escola com 4 anos e me lembro de cortar caminho pelas "Lojas Brasileiras"(LOBRAS). A loja que ficava ali na Av. Paris, perto da SUAM que hoje é chamada de UNISUAM. Tinha uma pizza maravilhosa lá. Uma pizza inesquecível!
Quem me conhece, sabe que adoro pizza e tenho um gosto apurado para tal. Ao longo de todos esses anos, comi em muitas pizzarias, mas nunca mais havia experimentado uma que fosse tão deliciosa como aquela.Só umas duas vezes num lugar que tinha ali na Av. Nicarágua, na Penha, comprada pelo meu pai para nós lancharmos. Depois disso, nunca mais. Até que muitos anos depois, quando fui ver, no Theatro Municipal do Rio de Janeiro, os painéis "Guerra e paz" de Cândido Portinari, descobri, numa galeria ao lado do Theatro, um pequeno lugar na Treze de Maio que vendia o mesmo tipo de pizza- daquela gordinha, sabe? Uma delícia.
Depois disso, nuca mais. Até que no final do ano passado, passando ali perto do Bonsucesso Futebol Clube, senti um cheiro deliciosamente familiar e parei até conseguir descobrir de onde vinha.Era de uma das inúmeras pastelarias que existem no bairro. Aproximei-me, procurei e, logo, avistei aquela pizza maravilhosa que me remete à infância... E claro que não resisti. Se comprei um pedaço? Não. Eu comprei uma "inteirinha" de muçarela que me custou R$21,00 bem pagos.
Hoje, mesmo tentando continuar a dieta, foi mais forte do que eu e, mais uma vez,trouxe uma "inteirinha".
Como a memória olfativa da gente é danada! Senti-me naqueles desenhos animados em que há uma mãozinha sedutora conduzindo a personagem até a origem daquele cheiro convidativo. Todo mundo já deve ter passado por isso: o de sentir aquele aroma delicioso e se reportar para uma época que nem você tinha noção de que se lembrava. Mas como diria a minha bisa a D. Eulália: " A nossa memória é feita de gavetinhas.Está tudo guardadinho.É só puxar uma gavetinha qualquer e aquilo que você nem imaginava mais encontrar, está lá. As mais remotas lembranças, todas elas, estão guardadas nessas gavetinhas..." Não é que ela tinha razão?
sábado, 12 de janeiro de 2013
ENTRE O SONO E A REFLEXÃO,SURGEM AS PALAVRAS
Ai, ai, que sono...Hoje não dormi direito e ainda teimei com o despertador do meu celular -que tocava Balada Boa (Tchê Tchê Rere)- que ele estava errado e que eu tinha toda razão em querer dormir até mais tarde.Que ilusão descabida a minha em querer dormir até mais tarde- se é que existe algo errado em querer dormir mais um pouquinho num sábado chuvoso...
O fato era que eu estava errada e *o meu erro não era crer que estar ao seu lado bastaria-embora fosse tudo o que eu queria-também não dizia seu nome, nem pedia que você não me abandonasse, porque nem sei o seu nome, nem conheço o seu rosto, not yet.
Tem uma expressão que diz mais ou menos assim; "Dê-me um limão que dele eu faço uma limonada".No meu caso, eu diria assim: Me dê uma palavra -qualquer uma- e presta atenção depois no que ela com outras milhares podem fazer com você, com seu pensamento, com seu sentimento e com sua vida...Porque a minha vida, elas mudam o tempo todo. As que eu escrevo, as que eu escuto, as que eu deixo de escutar e, principalmente, as que, por qualquer motivo, forçam´me a sufocá-las
Já sufoquei muitas palavras. Quase me entalei com algumas, mas também já vomitei tantas outras. Hoje aprendi, simplesmente, a jogá-las na terra, como sementes, e deixar que germinem.Afinal,só as palavras estragadas não germinam.E dessas, meus caros, quero manter uma distância mais do que galáctica.
Tenham um excelente sábado. Ah, cuidem bem das palavras, pois elas podem ser magos, bruxas, fadas ou simplesmente palavras...
Kisses...
Texto construído de twitada em twitada, no dia de hoje,no meu twitter @crisrosito e postado aqui com alguns ajustes.
* brincadeira de fã com um pedaço da letra da música "Meu erro" do querido e maravilhoso "Paralamas do Sucesso"
sexta-feira, 11 de janeiro de 2013
E O TEMPO NO RIO MUDOU, MAS OS PROBLEMAS...
Hoje acordei sentindo um friozinho e ouvindo a chuva forte que lá fora continua caindo sem parar.Parte de mim, está aliviada por finalmente sentir uma brisa pela manhã, entretanto outra parte segue preocupada, pois as chuvas de janeiro sempre costumam trazer com elas também muito sofrimento. Foi em Petrópolis, Teresópolis, Nova Friburgo... Angra dos Reis, Xerém... E poderia citar aqui muitos outros lugares, não só no Rio de Janeiro, que já sofreram e continuam sofrendo por causa das consequências que a falta de planejamento e cuidado tanto da população quanto do governo trazem por todos os lugares quando cai uma chuva mais forte. Digo isso, pois o lixo que é jogado nas ruas e nas margens dos rios, a ocupação desordenada em locais que são áreas de risco, a falta de um programa preventivo que dê conta do problema ou que pelos menos amenize a situação, o desvio de verbas feito por pessoas inescrupulosas, entre outras questões, fazem com que todo ano nesta época, tenhamos que assistir a cenas que se repetem como rotina. Uma rotina de descaso, sofrimento e omissão.
Gastam-se milhões com obras para Olimpíadas, Copa do Mundo, salários de políticos, mas nada, ou quase nada é feito de forma eficiente para resolver esse problema, que junto com tantos outros, me provocam asco.
Até quando teremos que abrir os jornais e darmos de cara com escândalos como o do Mensalão? Ou com absurdos como o do abandono sofrido por Caxias pleo simples fato de um prefeito não ter sido reeleito? É lamentável,Caxias virou um lixão vergonhoso com riscos para a população.O prefeito eleito está "cortando um dobrado" para colocar as coisas em ordem. É problema em cima de problema.
Será que um dia poderei abrir a janela, sentir o vento e o refrescar de uma chuva de verão sem rugas de preocupação?
A propósito: E o caso Adrielly?Sim, outra vergonha nacional: a saúde pública deste país que continua fazendo vítimas.
É, minha gente, continuo repetindo o título e o refrão da canção que marcou minha adolescência nos anos 90 e que, infelizmente, continua atual:"Que país é este (esse)?"
terça-feira, 8 de janeiro de 2013
MAIS UM DIA QUENTE NO RIO DE JANEIRO
Olá, caros amigos, uma excelente tarde de terça-feira a todos. Hoje, escrevo meu primeiro texto de 2013 despretensiosamente.A primeira sensação do dia- e que não posso deixar de mencionar- é esse calor incomensurável que faz neste Rio de Janeiro.Calor que só deve deixar felizes a LIGHT e CEDAE, porque haja banho e ventiladores e aparelhos de ar-condicionado para amenizar essa sensação térmica!
Outro ano recomeça, mas muita coisa permanece, entre elas as contas.Como brotam... Não tenho filhos, mas só de olhar as reportagens sobre "lista de material escolar", sinto arrepios. São as contas de água, luz, telefone fixo, gás, celular, IPTU, IPVA, TV por assinatura, cartão de crédito...A modernidade e o conforto têm seu preço.Nossos antepassados não gastavam tanto... Não tinham tantas contas para pagar.mas fazer o quê, né? Hoje ainda tive que ligar para uma editora no intuito de cancelar uma assinatura de revista. Pasmem: preparei-me, psicologicamente, por cerca de uma semana para isso.Já repararam que toda vez que você quer cancelar algo é um transtorno? Sabia que encontraria resistência e seria bombardeada por "tentadores" motivos que só tinham um objetivo: demover-me da ideia de cancelar a assinatura. A atendente ofereceu-me cafeteira, coleção de caçarolas, preços mais baixos para continuar recebendo a revista...Acho que demorei quase meia-hora, tentando fazer com que ela entendesse que eu simplesmente não queria mais. Mas pensemos positivamente: podia ter sido bem pior. A ligação nem caiu...
Naqueles cansativos momentos me dei conta de que, hoje em dia, você demora mais tempo para convencer um atendente de que não quer um determinado serviço do que convencer seu namorado de que não quer mais nada com ele . No primeiro caso, você diz que não quer, o atendente quer saber o porquê, você justifica e nunca é o suficiente.Até que você cansa e diz que não quer e pronto e é essa a justificativa, mas existem funcionários que não aceitam e ficam abusando do 1% da paciência que nos resta.
Por conta disso tudo, preparei-me bem para o embate e não me deixei seduzir pelas inúmeras e tentadoras propostas; também não me irritei nem por um instante- até sorri, vejam só que progresso- e, consegui: ela desistiu!!! Cancelei a assinatura!Um bom começo para 2013, não é?!Assim, já posso dormir sossegada e usar esse dinheiro para completar aquilo que realmente é prioridade em tempos de calor nesta minha querida cidade maravilhosa: a, cada vez mais alta, conta de luz, que há algum tempo vem com a tão "fofinha"(eca!) contribuição para a iluminação pública. Bem, estou transpirando à beça em frente ao computador, mas isso tem um lado bom:Não estou retendo líquido! Oba!
Beijinhos e até breve!!!
sábado, 5 de janeiro de 2013
QUEM FAZ O BEM, ALEGRIA TEM -EM FEEDBACK MAGAZINE
Havia mais de trinta anos que não visitava aquele lugar tão aconchegante e posso afirmar que foi uma experiência muito especial que levarei para toda a minha vida. Ir a São Lourenço em novembro deste ano forneceu-me a possibilidade de não só viajar novamente para uma cidade iluminada como também de explorar o canto mais remoto das minhas memórias.
A última vez que fui a São Lourenço, possuía cerca de três anos e estava acompanhada pelos meus pais, minhas duas tias, minha avó D. Ladymar, minhas primas e um primo que não vejo há muitos anos. Desses primeiros que mencionei, só minha mãe e minhas primas seguem comigo, os demais já não mais habitam este mundo e, por isso mesmo, essa viagem acabou se tornando um passeio dentro de mim mesma, pois deparei-me com um pedaço meu que estava tão distante, mas ao mesmo tempo ainda estava lá. Por cada canto que eu passava, parte do meu passado ia surgindo, por vezes de forma delicada, por outras, colocando-me frente a frente com os meus fantasmas adormecidos.
Viajei de ônibus por cerca de seis horas na companhia da minha amiga Cris, de sua mãe e de sua sobrinha em uma caravana promovida pelo Geffa que levou brinquedos, mantimentos, remédio e acalento a algumas creches e asilos do local. Nunca havia participado de um evento desses no qual o motorista do caminhão, os motoristas dos três ônibus e os caravaneiros estavam envolvidos num bem comum. O impressionante é que as pessoas das casas assistenciais esperavam por nós: as crianças com suas apresentações e mesa com deliciosos quitutes mineiros, e os idosos com seu olhar emocionado em instituições que também nos recebiam com deliciosos pães de queijo, bolos e doces da maravilhosa culinária mineira.
Como esquecer dos olhos das crianças brilhando de satisfação à espera dos brinquedos embrulhados com tanto cuidado e esmero e que apresentavam o nome de cada uma delas? Como esquecer das senhoras recebendo, felizes, colares e pulseiras e se sentindo mais bonitas, mais cuidadas? Como não se lembrar das lágrimas que escorriam de emoção tanto dos caravaneiros quanto dos demais? Perguntei-me quantas histórias não estariam ali por detrás daquelas peles enrugadas, que percurso aquelas pessoas teriam feito para que hoje estivessem ali? E assim, acabei me lembrando do meu avô, da minha avó por parte de mãe; lembrei-me também do meu pai.
Depois de tantas lembranças que me apertavam o peito, as lágrimas saíram como lavas de um vulcão há séculos adormecido. A emoção foi muito forte, mas o sorriso de uma senhora comoveu-me: ela pegou a minha mão e beijou-a. Por um instante, refleti e percebi a grandiosidade daquele momento. Enxuguei as lágrimas e sorri de volta. Eu estava em paz, pois aquele sorriso sossegara o meu coração.
Foram tantas as cenas lindas e comoventes. Aquela das pessoas passando as caixas com remédios e mantimentos de mão em mão a partir do caminhão até a mesa de cada instituição num trabalho de “formiguinha”… Bem que a mídia podia dar mais espaço para a divulgação dessas ações de caridade, solidariedade e amor que se espalham por esse Brasil.
Ah! Não posso esquecer também de aplaudir a fantástica e emocionante apresentação de Anatasha Meckenna e Allan Vilches com suas vozes angelicais. Senti uma energia tão pura e elevada durante todo o espetáculo enquanto cantavam acompanhados do público que estava ali para o XVII Encontro Espírita das Águas do Sul de Minas. E a palestra de Célia Diniz Rodrigues sobre Chico Xavier… Voltei transformada. Encontrei-me comigo mesma naquela viagem. A menina, que cercada de santos de gesso prontos para serem maravilhosamente restaurados ou produzidos pelo seu avô que sempre tinha encomendas para a “Casa Baptista”, em Madureira, se encontrou com a Ana Cristina de hoje para, juntas, trilharem o caminho que seguirão por toda a vida.
Um grande amigo meu, Gláucio Albuquerque, já dizia que tudo que passamos na vida de bom ou ruim fica dentro da gente e uma hora aparece. Sim, ele tinha razão. Andar pelo Parque das Águas e conhecer todas aquelas pessoas, em São Lourenço, fez com que eu repensasse muitas atitudes minhas e de outras pessoas neste mundo. Às vezes reclamamos de tanta bobagem, hesitamos tanto, deixamos de fazer coisas por preguiça, por medo… Vemos inimigos externos que, muitas vezes, ou são frutos da nossa imaginação ou, na verdade, são projeções de assuntos mal resolvidos, simplesmente pelo fato de termos de nos mostrar uma fortaleza o tempo todo.
Amemos mais. Olhemos mais a nossa volta e veremos quanta coisa há para fazer. Agradeçamos pela comida no prato, pela água que bebemos sem esforço. Agradeçamos pela nossa saúde e por todos aqueles que passaram pelas nossas vidas, nos fazendo rir ou chorar, porque, seja como for, eles nos ajudaram a crescer. Esqueçamos as mágoas, os preconceitos, a vaidade e o orgulho sem sentido. Oremos mais, agradeçamos mais, peçamos menos. Ergamos a nossa cabeça, não para nos sentirmos superiores, mas para que consigamos notar a força interior que cada um de nós possui e que, aliada a outras tantas forças, pode fazer deste mundo um lugar mais justo e mais digno para todos. Não pequemos pela omissão; não provoquemos lágrimas alheias. Façamos alguém feliz com gestos simples e assim nos façamos felizes, pois a verdadeira felicidade não está nos bens acumulados na Terra, mas no bem que propagarmos por toda parte através do amor e da caridade independentemente de credo ou religião.
Só tenho a agradecer a Deus, a minha amiga Cris, aos meus familiares e ao Geffa por esses momentos e pela minha volta a São Lourenço. E assim, agradecendo por este ano que chegou ao fim, escrevo meu último texto do ano de 2012 e desejo a todos um ano de 2013 repleto de muita luz e de muito amor! Namastê!
Assinar:
Postagens (Atom)