quarta-feira, 26 de dezembro de 2012

FELIZ ANO NOVO, ADEUS ANO VELHO

 
 Queridos amigos, mais um ano termina e só tenho a agradecer a todos os que me prestigiaram acessando este blog ou lendo e comentando os textos publicados na revista Feedback Megazine.Agradeço também a Fernando Henriques e a Rodrigo Cotton  pela oportunidade. Estou muito feliz pelo fato de leitores do mundo inteiro terem acessado este blog ao longo deste ano de 2012 e espero continuar tendo o privilégio de ter todos vocês,  meus amigos leitores, me acompanhando  em 2013.Tenho certeza de que o ano de 2013 será um ano muito especial.
   Desejo a todos um excelente Ano Novo!!! Que o ano de 2013 traga muita saúde, paz, amor, alegria e grandes realizações; que haja mais solidariedade e caridade entre os homens e que possamos com pouco ou com muito contribuir para um mundo realmente melhor. Melhor não para poucas dúzias de seres vivos, mas para milhares de seres.Que protejamos os nossos irmãos de todas as raças, credos e espécies; não esqueçamos da nossa flora nem da nossa fauna; não esqueçamos do ar que respiramos, da água que bebemos e de todos aqueles que mesmo distantes dos olhos dependem de alguma forma das nossas pequenas atitudes diárias.
   Muita luz, muita  harmonia e muita paz a todos!!!
   Obrigada, Deus!!!
   Feliz 2013 a todos!!!!




O INFERNO DE TROMPOWSKI


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“Era um, era dois, era cem…” seres humanos em frangalhos, com pele escurecida pela sujeira, esqueléticos, transitando desgovernados, alguns entre os carros, outros amontoados sobre pilhas de lixo e embaixo de barracas improvisadas fumando pedras de crack. Fim do mundo? Apocalipse zumbi? Parecia cena de filme mesmo e, por alguns minutos, pensei estar numa versão de The Walking Dead em 3D.

Amigos leitores, como há pedras no meio do caminho que liga a Av. Brasil à Ilha do Governador… Pedras de descaso, pedras de abandono, pedras que quebram, pedras de crack. Mulheres sem vaidade com shorts imundos e minúsculos, barriga de fora, muitas grávidas, menores, jovens e adultos sem dentes. Se o inferno de Dante Alighieri fosse escrito no século XXI, a cena que vi estaria incluída em um dos seus nove círculos de sofrimento.

Assistindo apreensiva a isso tudo, neste trânsito constantemente parado da saída da Ilha, constato que a pedra no caminho, meus caros, já não é mais tão poética como na época de Drummond. Há uma pedra no meio do caminho de todos nós. Pedra que destrói, ceifa vidas, gera vidas sem família e sem perspectiva, assusta o restante da população, pois, até então, o que os olhos não viam, não sentiam. E, assim, vou me perguntando, enquanto o trânsito permanece parado: como é possível que seres humanos estejam em condições animalescas, entre fezes e imundície, entregando seu corpo e sua alma para saciar essa louca e voraz vontade de fumar uma pedra? Que pedra é essa que só precisa de dez segundos para fazer efeito, efeito que dura de três a dez minutos e que destrói pessoas de forma tão grotesca, fazendo cidadãos se comportarem como bichos, sem dignidade, sem noção de moral? Cidadãos que se transformaram num perigo para si e para os outros.

Também constato com indignação a irresponsabilidade da prefeitura da cidade, quando observando aquele quadro apocalíptico cogitou pagar uma bolsa-auxílio de R$900,00 para as famílias de menores usuários de crack que se comprometam a acolhê-los e a tratá-los? Hein?! Como assim? Qual será o valor do salário-mínimo que será pago ao trabalhador em 2013 mesmo? Ah… o valor estimado é de R$674,95. Gente, isso é mesmo vida real? Pois tenho uma sensação forte de “Hora do Pesadelo”. Mas também que atitude poderia ser esperada num lugar em que se derrubam escolas, casas, velódromo, autódromo sem nenhuma preocupação moral ou financeira? Que cogitam a construção de um campo de golf na Reserva de Marapendi, no mesmo ano que sediam a Rio +20? Por que me espantar? A única certeza que tenho, por enquanto, é de que o Sambódromo será o único a escapar. Engraçado… não sei de onde sai tanta certeza. Aliás, quando chego em casa e me dizem: Você não sabe o que deu na TV? Já vou logo perguntando: o que o governo vai demolir dessa vez?

Ainda no trânsito parado, um nome surge: zirrê, também conhecida como craconha ou criptonita. Mistura de crack com maconha que deixa o indivíduo super estimulado e sem noção de tempo, essa droga ressurge, depois de 15 anos, na mídia, e está sendo comercializada numa espécie de “combo”.

Ai, que saudade do tempo em que kryptonita e combos faziam parte do universo do cinema…

A Prefeitura do Rio tenta fazer algo pela situação, mas não tem sido muito eficaz.
A Prefeitura do Rio tenta fazer algo pela situação, mas não tem sido muito eficaz.

O trânsito flui, respiro fundo com uma sensação que transita entre alívio e preocupação. Naquele momento, a imundície daquele vasto pátio e aqueles homens e mulheres que fumavam com voracidade e comportavam-se como zumbis tinham ficado para trás, mas a crueldade de uma omissão política conveniente, meus caros, zurze o povo de uma nação para sempre.
TEXTO  DE MINHA AUTORIA PUBLICADO NA REVISTA FEEDBACK MAGAZINE NO DIA 29 DE NOVEMBRO DE 2012. PARA MAIS DETALHES ACESSAR O SITE DA REVISTA.

terça-feira, 30 de outubro de 2012

EM DEFESA DO ACARAJÉ




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A FIFA que me perdoe, mas Acarajé é fundamental. Que história é essa de, na Copa do Mundo, as baianas ambulantes terem de se afastar para não concorrerem com os hambúrgueres de uma rede de fast food patrocinadora da Copa do Mundo de 2014? Ufa! Fiquei até sem fôlego! Que repressão é essa? Primeiro escondem o acarajé, depois a feijoada, mais tarde a cervejinha no final da tarde, depois o jabá com jerimum, todos os refrigerantes de marcas concorrentes, até o momento em que nos mandarão calar a boca se só soubermos falar o português…

Caros leitores, me tirem só uma dúvida? A Copa de 2014 não será no Brasil? O acarajé não é baiano e a Bahia não fica no Brasil?

Perdoem-me, mas por um momento imaginei que eu estava na terra de Tio Sam e fiquei um pouco confusa. A lavagem cerebral é grande e, enquanto os brasileiros concentram-se em serem receptivos aos “visitantes”, “os visitantes” vão entrando, chegando como quem não quer nada, tomando conta da televisão, da geladeira, até nos colocarem para dormir no quintal – na melhor das hipóteses. E o brasileiro vai deixando, sorrindo e achando tudo normal. Toca um pandeiro aqui, apresenta um ponto turístico ali, mostra uma morena tomando sol acolá e oferece de bandeja ao turista aquilo que nos pertence como se fosse tudo muito natural e apropriado, não muito diferente do que aconteceu com os primeiros habitantes de Pindorama, só que de uma forma mais sofisticada.
  
O país está sendo engolido de todas as formas e as pessoas parecem viver constantemente no mundo da teledramaturgia! Onde está a nossa identidade nacional? Nós somos os “anfitriões” da Copa, não temos que nos adaptar aos outros países, a outras culturas. Devemos recebê-los bem sim, com respeito, com boas instalações, com segurança, mas o país é nosso! É de todos nós brasileiros.É inadmissível aceitar que a FIFA determine o “afastamento” das baianas ambulantes que vendem acarajé!

Isso, infelizmente, me faz lembrar um trecho de “No caminho com Maiakóvski”, que diz assim:

“Na primeira noite eles se aproximam
e roubam uma flor
do nosso jardim.
E não dizemos nada.
Na Segunda noite, já não se escondem:
pisam as flores,
matam nosso cão,
e não dizemos nada.
Até que um dia,
o mais frágil deles
entra sozinho em nossa casa,
rouba-nos a luz, e,
conhecendo nosso medo,
arranca-nos a voz da garganta.
E já não podemos dizer nada.[...]“

Falemos agora ou entalaremos em 2014 com a boca cheia de hambúrguer e aí, meus amigos, já não haverá tempo para dizer mais nada no meio de tantas caxirolas.

Texto de minha autoria publicado no dia 29 de outubro de 2012 na revista  feedback magazine. mais detalhes acesse o site.

terça-feira, 2 de outubro de 2012

CAUSO DE UMA VIOLA


Rosso Fiorentino. Anjo músico.1520. Florença, Galleria degli Uffizi *
                                             

Estava eu encostada depois
Da perda enorme do meu amor

Encostada na porta da sala
Onde ali me deixou sem voltar

Fiquei com medo de você me esquecer
E de nunca mais o encontrar

De nunca mais sentir seus dedos a me dedilhar
Nem de ouvir sua voz nunca mais

A cantar e a rir após uma composição
Feita por nós

Até que na janela aberta uma estrela
De brilho intenso foi esquentando o meu coração

Que descompassado sentiu sua mão em meu corpo
E me suspendeu no ar

Era grande a sua vontade de cantar pra lua
Compor pro mar

E escoltado pelos anjos você se foi
-Fomos nós-
Pra mais uma vez falar de amor
Sem nunca precisar aprender
A dizer adeus.

 Texto publicado em "Dimensões"(2008), de Ana Cristina Rosito.

* Imagem presente em http://silentstilllife.blogspot.com.br/2010/12/anjos-e-musica-ii.html

terça-feira, 4 de setembro de 2012

COMO SÃO TRATADOS OS PROFESSORES DE ESCOLA PARTICULAR NESTE PAÍS CHAMADO BRASIL

    Tomo a liberdade de postar este vídeo no qual  Luiz Carlos Prates do SBT diz o que está entalado na garganta de muitos professores que, para continuar em seus empregos-pelo dinheiro recebido, são necessários muitos salários mesmo- têm que se sujeitar a esta vergonhosa realidade. Pergunto eu: Até quando???





quinta-feira, 23 de agosto de 2012

EDUCAÇÃO! ONDE ESTÁS QUE NÃO RESPONDES?*

    

 Lamento que as coisas tenham chegado a esse ponto entre nós.Pensei que tivesse me preparado quando jurei contribuir para a educação do meu país, tentando formar cidadãos instruídos e de bem. Então percebi, com o passar dos anos, que não bastava ter estudado tanto.Eu seria exigido ainda mais física, moral e espiritualmente.Forçariam-me a acumular funções quando, na verdade, meu diploma habilita-me numa determinada cadeira que não inclui ter que ser também pai, mãe, amigo e saco de pancada das frustrações e falta de limites de uma geração descompensada.
     Lembro-me como era difícil, antigamente, um aluno com poder aquisitivo baixo ir à escola em nossa cidade. O uniforme não era dado, nem os livros , não havia "Rio card", mal havia um cotoco de lápis para se fazer as lições, entretanto,  os alunos eram esforçados e respeitavam uns aos outros e os membros da escola, pois aprendiam em casa a respeitar os mais velhos e que, através do estudo,  se chegaria a algum lugar .Hoje  alunos de baixa renda no Rio de Janeiro possuem MPs da vida, celulares de última geração com acesso à internet, netbooks, mas se lhes solicitamos uma cópia de R$0,15  ou pedimos que comprem livros de leitura de R$20,00, R$30,00 , dizem não ter dinheiro. 
     Não existem ventiladores em muitas escolas, pois há vândalos que destroem o patrimônio institucional por diversão.Professores são ameaçados e processados se    "Alguém" interpreta ter havido "constrangimento"  em relação ao aluno. Mas e quanto ao profissional da educação? Não é constrangido quando debocham de sua cara, falam palavrões absurdos em sala como se fosse algo normal ou dizem a seguinte pérola que um colega confidenciou-me ter ouvido: "Coitado do professor, estudou tanto para estar na merda." 
     Ou ainda enquanto uma professora lia um poema de  Carlos Drummond de Andrade:" No meio do caminho tinha uma pedra/ tinha uma pedra no meio do caminho/  tinha uma pedra/  no meio do caminho tinha uma pedra." Aluno:"Professora, ele era usuário ou traficante?" - referindo-se à pedra de Crack.
       Ou ainda sobre Drummond: Professora, esse conheço!-disse feliz e eufórico- Não foi ele que inventou o avião?- referindo-se a Santos Dumont.
     Enquanto esse caos acontece, vem a notícia; cotas de 50% para acesso a Universidades públicas para negros, índios, pardos e estudantes de escolas públicas.Enquanto esse caos acontece, jogam toda a culpa e responsabilidade nos profissionais da educação.Profissionais estes que só são mencionados durante campanha política e depois são massacrados e esquecidos.
      Não vejo prefeito ou governador ou presidente ou secretário de educação visitando as escolas e escutando dos profissionais das mesmas  a respeito das reais necessidades de cada unidade escolar. As ordens vêm de cima para baixo de pessoas que não conhecem a realidade.
        No Rio, por exemplo, só a Zona Sul aparece representando a cidade. As demais regiões só servem para pagar impostos ou para  servir de pano de fundo na divulgação de projetos políticos em favelas.
         Mas por que me espanta estarem as coisas como estão se abri o jornal hoje e li um trecho das provas de duas candidatas a vereadoras  do Rio para mostrar  que  NÃO são analfabetas:

1a) " Eu  De Claro Não posunho mei um Beis(...) De claro que eu cucei até 6 ano"   (Rio,09/07/2012)
2a) "Brasileira víuva emdereço (...) de claro escolaridade Primario compreto"   (11/07/2012)

         Preciso dizer mais alguma coisa?

* Referência ao verso "Deus! Ó Deus! onde estás que não respondes!/ Em que mundo, em qu´estrela tu t´escondes/ Embuçado nos céus?..." do poema "Vozes d´África", de Castro Alves.
        

sexta-feira, 3 de agosto de 2012

O MEU LUGAR

    


      O meu país é um país abençoado. Farto em águas, em terra, em comida,entretanto farto de desperdício, de corrupção, de descaso,de impostos e de impunidade.Um país no qual o limite entre o bem e o mal parece tênue, embora a fé e a bondade transbordem em cada canto em que aparece.
     Um país de cadeias transbordando, de políticos que ganham milhões legal e ilegalmente, de professores que quase nada ganham diante da responsabilidade do trabalho que desempenham.
     No meu país, há lugares onde a educação não chega,lugares onde o esgoto corre a céu aberto, lugares onde a vida é guiada por programas de TV.
     Grande parte da população do meu país sonha em participar da novela, em ganhar muito dinheiro e em ficar famoso instantaneamente.
     O meu país tem péssimos hospitais, que superlotados e sem material adequado, não prestam serviços decentes para a população.Tem médicos que choram por não ter condição de salvar vidas ou de precisar escolher entre quem deverá viver ou morrer.
     No meu país, há muito dinheiro, mas nunca é suficiente, pois a prioridade de quem gerencia o dinheiro não é a mesma da de quem paga impostos. 
     O meu povo é sim hospitaleiro. Os mais pobres tiram do próprio corpo para dar ao próximo, entretanto,quem deveria cuidar deles, só pensa nas próprias prioridades.
      Meu país não cuida de suas crianças. Muitas desaparecem pelos mais diversos motivos e nunca mais temos notícias.Muitas são levadas à prostituição.
     O Crack espalha-se pelo meu país e não há uma política eficaz de combate ao caos que vemos se proliferar desordenadamente e com voracidade.
     Conta-se a aprovação nas escolas quantitativamente, no meu país, de forma irresponsável e já há professores confundidos com "vendedores de saber" à medida que têm metas a cumprir.
     No meu país, cresce o número de pensionistas e aposentados lesados por fraudes grosseiras em seus benefícios e que ficam à mercê de uma justiça lenta, que , muitas vezes, só enxerga o que lhe é conveniente ver.
     No meu país, há poucas livrarias,muitos partidos políticos, muito discurso e pouca prática.
     Eu sonho com o dia em que  o meu povo deixe de se contentar com migalhas e tenha consciência da importância do seu voto.Sonho com um país onde a cultura seja permitida a todos de forma nivelada e que tenha como referência não um pouquinho ou qualquer qualidade, mas que seja nivelada no topo porque o meu povo merece e tem o direito a escolher o que quer ler, assistir, ouvir. Só que para isso, é preciso que os meios de comunicação deixem de vender a ideia do dinheiro fácil e da desvalorização daquele que é honesto e trabalhador e valorizem a honestidade, o empreendedorismo, a cultura, a educação.
       Sonho com o dia em que a hipocrisia e o favorecimento de poucos dê lugar ao progresso e  melhores condições de vida a muitos, sem a necessidade de ficar enchendo a população de auxílio isso, auxílio aquilo.
     Sonho com um país em que a arte,a segurança,o saneamento básico,o direito a uma educação de qualidade e a um atendimento de qualidade nos hospitais realmente cheguem a todos. Sonho com um país em que ser educado e gentil torne-se uma regra nas ruas e em casa e não uma exceção.Que haja respeito aos pais, aos professores,às mulheres, aos mais velhos de um modo geral, pois- se Deus quiser- nós também envelheceremos.
     Sonho com um país que se conscientize de que a bunda cai e é o conhecimento que permanece.
     


sexta-feira, 29 de junho de 2012

O PODER DO PENSAMENTO POSITIVO

   

   
     Nessa nossa vida corrida e cheia de atribulações, é comum que nos sintamos ansiosos e o tempo todo preocupados em cumprir todas as nossas metas que vão desde manter a casa em ordem a sermos os melhores em nosso trabalho. Dessa forma, tudo aquilo que julgamos nos atrapalhar nos traz, muitas vezes, cólera, rancor, insegurança, frustração ou mágoa.
     Tais sentimentos nos adoecem aos poucos, criando para nós mesmos uma psicosfera tóxica que nos afetará de várias formas.
     Aprendamos a respirar melhor e profundamente, a vigiar nossos pensamentos para que consigamos nos preservar de todo mal que ameaça nossa paz e que não vem de fora,mas de nós mesmos conforme nossa permissão, escolhas e sintonia.
     Permaneçamos equilibrados em nosso corpo, mente e espírito e nossa vida será envolvida pela paz e pelo progresso. Precisamos manter o pensamento elevado e hábitos corretos para atingirmos essa tranquilidade e equilíbrio tão desejados nesse mundo  que nos parece acelerado só por fora quando  na verdade, se assim ele o é,  é porque  nós vivemos acelerados por dentro sem que percebamos.
     Parece difícil? A princípio pode parecer, mas se tivermos disciplina, perseverança e fé  e colocarmos o pensamento positivo e a prece na nossa rotina assim como  temos o hábito de  escovar os dentes,tomar banho e comermos todos os dias,perceberemos  o aumento da nossa qualidade de vida e da qualidade de vida  das pessoas que nos cercam.
      Paremos e vigiemos nossas atitudes e pensamentos dia após dia. O que não conseguimos?Por que será que não conseguimos?Onde estamos errando?Façamos uma faxina interior, reformemos nossa casa interna e observemos como todo o exterior se comportará.Mas não tentemos uma vez só. Lembre-se esse é um exercício diário.Vamos começar hoje?
     Fiquem com Deus e com ele permaneçam.Tenham uma excelente existência!

domingo, 17 de junho de 2012

HARMONIA

http://vitrinedabene.blogspot.com.br/2008/12/lindas-cachoeiras.html
 

     Sinto-me renovada a cada dia como a água que compõe o mar, como a água que percorre os rios e se vai e que, misturada a toda a natureza, volta diferente e reconhecível apenas como água.
     O ar que respiro renova-se e tudo a minha volta não é mais o mesmo, pois percebo as mesmas coisas com um olhar diferente, com um cheiro diferente, com uma textura renovada, suave e delicada que me envolve e fascina.
      Flui o meu sangue que jovem circula pelas minhas veias e irriga todas partes possíveis do meu corpo como aquele rio de águas renovadas que atrai os mais diversos elementos da natureza.
     A música mais angelical embriaga-me os ouvidos e enriquece a minha alma com inúmeras possibilidades de progresso que sempre estiveram ali aguardando que eu abrisse minha percepção, eliminando energias pouco favoráveis.
     É pura magia o encontro proporcionado pela vida entre mim e eu mesma.O amor circula e as ondas energéticas do bem se propagam num baile infinito de sons e cores, numa dança infinita entre o ontem e o hoje que se harmonizam para gerar o filho do amanhã.
     Espreguiço-me e agradeço por cada oportunidade de crescimento.Beijo a vida e, num abraço longo, aconchegante e apertado, ela me recebe e,sorridente,  me aponta um arco-íris cuja projeção e tonalidade das cores é controlada pelo tamanho do amor que sinto. 
Ana Cristina Rosito

domingo, 10 de junho de 2012

NATURAL







Se todos os problemas fossem esses...
O de te querer mais de um segundo
E contigo permanecer cada momento
Mesmo se fosse lá onde acaba o mundo
Mesmo que fosse no final dos tempos.
E um segundo a mais eu te quereria
E um momento a mais a ti desejaria
Mesmo que fosse no final de tudo
E eu estivesse ali. Que mal teria?
Se me amasses tanto quanto amo
Com certeza o mundo não acabaria.

              In: Dimensões (2008)


quinta-feira, 31 de maio de 2012

ACLEVE: UM PRESENTE PARA A HUMANIDADE


    Após 20 anos de pesquisa e trabalho árduo, o artista Leonardo Simões nos revela, finalmente, um conjunto de imagens e textos que têm como homenageado o grande artista Renascentista Leonardo Da Vinci. A pesquisa consiste em sugestões das obras do mestre das artes visuais combinadas com os planos  citadinos  de Vitrúvio- arquiteto romano do século I a.C- a partir de semelhanças sutis estabelecidas que originaram  outra estética planificada.
           Seu projeto contempla a constituição do Novus Orbis ( um novo mundo)- arquitetado com mais de 840 edificações ordenadas, com a participação integral da humanidade na Urbi et Orbi. Os ideais de uma cidade plena foram extraídos do Timeu de Platão-que conduziu o pesquisador ao integrado urbanismo- e da numerologia de Pitágoras a partir  da qual  foram feitos os cálculos  e escolhidas as  posições geomânticas dos quarteirões da cidade-estado.
             Com o slogan "uma cidade desvendada nos ´nodi´ (nós) de Leonardo Da Vinci", Leonardo Simões apresenta os "nóscom formas geométricas trabalhadas que possuem frases no centro de seu labirinto no qual  as poucas palavras reverenciadas contemplam o próprio nome do mestre Leonardo da Vinci com letras suprimidas ou invertidas, evidenciando uma academia não fundada por Da Vinci tampouco revelada.Além disso, há a presença de ícones criados por diversas civilizações e a utilização da cruz grega no nodi 5 que demarca as posições da arquitetura e da geometria sagrada adotada no planejamento e localização de  edificações e cidades da Antiguidade.O projeto traz a ideia de uma cidade criada com a finalidade de promover a cultura e a arte mundiais, sugerindo a realização de centenas de museus que concentrem e desenvolvam o que há de melhor na capacidade artística humana no ocidente e no oriente.
             Assim,conforme o trabalho de Leonardo Simões, a ACLEVE ou Academia Leonnardo Venthuno ressurge do centro gerador de uma forma mandálica em 16 raios solares que se expandem definindo as orbitais arquitetônicas.De acordo com a pesquisa do artista, Leonardo Da Vinci "nos deixou muitos pensamentos postulando o caminho certo" para que ele pudesse obter êxito na construção dessa cidade cultural. Tal iniciativa levou à elaboração de um livro intitulado " A Rebelião de Sorions e o Despertar da Ciência" ao que chamou de "código citadino".A obra está repleta de mensagens de amor e solidariedade, sugerindo uma nova era de aquisição de conhecimento cuja chave é a própria ACLEVE , essa cidade fantástica dedicada à humanidade.

Leonardo Simões



Livro "A Rebelião de Sorions e o Despertar da Ciência"

                        Vejam alguns dos museus e observem a grandiosidade do projeto:




           














quarta-feira, 30 de maio de 2012

HISTÓRIA ATRAVÉS DA MÚSICA

   



          Por admirar e acreditar no trabalho feito pelo meu  grande amigo  e colega de trabalho Romney  Lima e pelo grupo do qual faz parte, tomo a liberdade de postar na íntegra  o texto publicado no site www.revistamúsicabrasileira.com.br.a respeito do interessantíssimo e inovador projeto "História através da música". O espetáculo estará em cartaz no Centro Cultural  Justiça Federal, no Rio de Janeiro do dia 06 de junho ao dia 05 de julho. Eu recomendo.É imperdível!!!

Especial

História através da música

Por Romney Lima - 28/05/2012
O Projeto História Através da Música, nascido em 2001, é fruto de encontros, reflexões e debates entre professores de História que tem a Música Popular Brasileira – especialmente o samba e o choro – como objetos de estudo e pesquisa. A proposta desenvolvida inicialmente pelos professores Romney Lima (cavaquinho), André Mendes (violão 7 cordas) e Alberto Buaiz (pandeiro), foi ensinar História do Brasil aos seus alunos, tendo a música como principal ferramenta didática e motivadora de aprendizagem.
Entretanto, ao longo desses anos, essa proposta cresceu, transformando-se em um projeto educativo-cultural. Conta hoje com oito integrantes, pois aos três primeiros juntaram-se os músicos Valdir Ribeiro (percussão), Pedro Castro (percussão) e Denis Lopes (bandolim), o ator Gustavo Arthiddoro e o diretor Claudio Mendes, que contribuem significativamente para que o repertório e a musicalidade e a teatralidade do grupo fiquem cada vez mais apurados. Dessa forma, o História Através da Música ampliou os limites das salas de aula, conquistando outros espaços de educação, cultura e lazer, transformando-se numa verdadeira aula-espetáculo que tem a História do Brasil como tema. Já tendo se apresentado em Museus (da República e Histórico Nacional), circuito SESC (Copacabana, Madureira, Ramos, Tijuca e São João do Meriti, São Gonçalo), Teatro Café-Pequeno, Casa da Ópera em Ouro Preto, Biblioteca Pública Luis de Bessa em Belo Horizonte e no Centro Cultural Justiça Federal, no Rio de Janeiro onde durante cinco semanas, entre abril e maio de 2011, foi apresentado o espetáculo “República – Era de Heróis”, lotando a casa.
O trabalho do grupo preza pela teatralidade, com a inclusão de literatura, poesia e até artes plásticas na construção dos espetáculos. É essa mistura que faz os 70 minutos do encontro ser muito proveitosos: o grupo toca sambas e choros que seguem uma determinada linha temática dentro da História do Brasil. Essas obras são amplamente debatidas com o público de forma lúdica e prazerosa, incitando reflexões que vão desde o tema abordado pelas músicas até a historicidade das composições a partir das suas relações com os autores e com o momento em que foram criadas.
O projeto se divide em diversas linhas temáticas e já criou espetáculos como, “República – Era de Heróis” e “De Colônia a Brasil – histórias que contam História” além daqueles criados para datas específicas como “Almirante – Era de Ouro da Rádio Nacional”, para comemorar os 100 anos do radialista Almirante e que abriu o VII Simpósio Internacional de Contadores de História no SESC Copacabana e “Monteiro Lobato – Brasil Apaixonado” em comemoração ao centenário do autor em 2008.
Para essa nova temporada no Centro Cultural Justiça Federal do Rio de Janeiro, o tema escolhido foi “Chorando Histórias!”. Nessa apresentação faremos um passeio a partir das origens do choro e suas influências nas músicas europeia e africana. Iniciamos o “espetáulaco” no século XIX, falando de Joaquim Callado – o “pai do choro”, da maestrina Chiquinha Gonzaga e da sua importância política na causa abolicionista e na campanha republicana, de Anacleto de Medeiros e suas famosas bandas e de Ernesto Nazareth o “revelador da alma brasileira”, passamos pelo divisor da música brasileira e o grande homenageado do espetáculo Pixinguinha, apresentamos dois dos mais importantes nomes do choro Jacob do Bandolim e Waldir Azevedo e suas rivalidades musicais, o ressurgimento do famoso grupo Época de Ouro nos anos 70 pelas mãos de Paulinho da Viola e encerramos comentando o atual cenário do choro no Brasil.
O objetivo desse trabalho não é somente apresentar peças clássicas desses compositores, ele vai além. Tem a intenção de mostrar ao grande público a história desse gênero, a sua importância para a música e para sociedade brasileira e as suas relações com as transformações do Brasil no final do século XIX e ao longo dos séculos XX e XXI.

Serviços:

Local: Centro Cultural Justiça Federal
Endereço: Av. Rio Branco, 241 – Centro, Rio de Janeiro (Estação Cinelândia).
Dias: de 06 de junho a 05 de julho (quartas e quintas) às 19:00
Ingresso: R$ 20,00 (inteira) e R$ 10,00 (meia-entrada e filipeta).
Classificação indicativa: livre.
Capacidade do teatro: 144 lugares.
Site: www.historiaatravesdamusica.wordpress.com
Endereço eletrônico: makaraeducativo@gmail.com
Telefones: 8289-0634 (Alana) e 8583-2275 (André)
Youtube: História Através da Música


segunda-feira, 28 de maio de 2012

CHAFARIZ DA PRAÇA DAS NAÇÕES

 A Mulher da luz
        


       Uma das primeiras obras em ferro fundido feitas no Brasil, o chafariz localizado na Praça das Nações, em Bonsucesso, foi construído em 1908 em comemoração ao centenário da abertura dos portos às nações amigas.Entretanto, no dia 08 de outubro de 2010, a estátua intitulada "A Mulher da Luz",que ficava no topo do chafariz, foi roubada e nunca mais foi encontrada.
        Agora pasmem: Depois das obras do teleférico, a Praça da Nações ficou mais bonita e  o chafariz foi revitalizado e entregue aos moradores no dia 10 de   maio de 2012,entretanto,"faltando um pedaço". Por que os órgãos competentes não fizeram uma réplica da estátua e a colocaram no chafariz já que sabemos que, infelizmente, será impossível rever a estátua original?Segundo reportagem postada no blog de jornalismo da Unisuam no dia 25 deste mês,houve banda e coral na reinauguração. Vejam as imagens abaixo e constatem o absurdo:
Chafariz com estátua no topo



Detalhes do chafariz














Chafariz revitalizado












domingo, 27 de maio de 2012

TOMADAS E RETOMADAS

          Há situações na vida  em que não temos certeza se o momento pede choro ou risada.Algumas provocam os dois.O primeiro pelo absurdo e o segundo pelo ridículo.Provavelmente, caro leitor ou cara leitora, você deve estar se perguntando qual o assunto dessa crônica.Um título que sugere filosofia e uma imagem que remete... bem... remete a "tomadas"... E, então, então nesse momento, a quase certeza: "a escritora falará sobre o emaranhado que muitas vezes é a nossa vida ou, quem sabe, falará sobre esse mundo competitivo, com poucas oportunidades e muitos concorrentes." Não.A escritora falará, simplesmente, sobre...
          Tomadas...
         O que vou contar agora parece ficção,mas ,infelizmente, é a mais pura realidade.Meus amigos professores devem entender sobre o que estou falando. Se não passaram por isso, já terão passado por algo semelhante.
          Estava eu, programando minha aula sobre  Barroco e pensei: "Vou dar aula primeiro sobre Figuras de Linguagem e vou marcar nas escolas uma data na semana que vem para usar o data show na aula sobre Barroco."E assim foi feito.
          Chegando na primeira escola...
          Primeiro passo:Procurar a pessoa responsável pelo data show e pela caixa de som.
          Primeiro problema: Onde estava a pessoa responsável pela chave que abriria o lugar em que  estava a aparelhagem?
          Tentativa de solução: Procurar a pessoa por toda a escola.
          Pessoa encontrada. Problema resolvido?Não. Ainda viriam outros.
          Chegando na sala de aula...
          Primeiro passo: Plugar o data show na tomada, no notebook -que levei de casa- e na caixa de som.
(Obs: Esse deveria ser o único passo para utilizar a aparelhagem)
         Problema 1:Não havia cabo para áudio.
         Problema 2:As tomadas dos aparelhos não encaixavam nas tomadas da parede.
         Problema 3: Não  havia adaptador.
         Tentativa de solução:Pedir para um aluno procurar alguém na escola que arranjasse um cabo de áudio e um adaptador ou uma extensão.
         Pessoa encontrada. Cabo encontrado. Adaptador encontrado.
         Problema 4: Adaptador sem buracos.
         É isso mesmo, meus amigos.Eu nunca havia visto um adaptador para tomadas sem buracos que permitisse plugar a tomada do aparelho com a tomada da parede.Mas esse adaptador  existe e está entre nós.
         Tentativa de solução:Procurar alguém que arranjasse algo para servir de intermediário entre as tomadas dos aparelhos e a tomada da parede.
         Solução: Pegar na sala da informática um estabilizador que fizesse tal serviço.
         Estabilizador arranjado, tudo plugado e,depois de cerca de quarenta minutos, a aula sobre Barroco começou e a aula aconteceu.
         Chegando na segunda escola...
         Primeiro passo: Pegar o data show e a caixa de som na secretaria para serem usados em sala.
         Problema 1: Ufa!Sem problemas...
         Segundo passo: Levar a aparelhagem para o segundo andar.
         Problema 1: Um pouquinho de cansaço.
         Tentativa de solução: Sem soluções no momento.
         Segundo passo:Plugar o data show na tomada, no notebook -que levei de casa- e na caixa de som.
         Problema1:Quem adivinha?As tomadas dos aparelhos não encaixavam nas tomadas da parede.
         Problema 2: Não havia adaptador.
         Tentativa de solução:Pedir para um aluno ir à secretaria para arranjar um adaptador.
         Problema 3: O aluno voltou com um adaptador que não adaptava.OS BURACOS ERAM DIFERENTES!!!
         Tentativa de solução:Pedir para o mesmo  aluno ir à secretaria a fim de arranjar um outro adaptador ou um estabilizador que permitisse que a tomada do aparelho fosse plugada à tomada da parede.
         Problema 4: O aluno voltou com o recado de que eu é que tinha que ir até lá embaixo para pegar o estabilizador e não pedir ao aluno.
         Problema 5: Como?A sala de informática é no andar de cima,mas eu teria que ir até a secretaria pegar a chave para subir com uma funcionária para pegar o estabilizador e usar na aula.
         Milagre: Sala de informática aberta e funcionária lá dentro.
         Alegria de professor dura pouco.
         Problema 6: TOMADA DO ESTABILIZADOR NÃO ENCAIXA NA TOMADA DA PAREDE!!!
        (Eu só queria saber de quem foi  a ideia de trocar a configuração das tomadas de parede!!!)
         Tentativa de solução: Ir até a secretaria e PEDIR AJUDA!!!!!!
         Solução: Tirar a extensão da cafeteira da sala da diretora.
         Ufa! Tudo resolvido.Faltavam cinco minutos para a aula acabar.
         E  aí?
         Comecei a passar o vídeo, pois, afinal, depois de tanto sufoco, eu não me retiraria dali por nada. Dali eu não saía não. Até que o professor que entraria depois, apareceu na porta e pedi que me cedesse um tempo dele, quase implorei. Ele solícito, permitiu prontamente dizendo: "Sei como é isso. Na encarnação passada eu também tentava usar esse recurso"- e sorriu.
          Consegui dar a aula sobre Barroco, embora tenha precisado ficar além do meu horário, coisa que ninguém pagará a mais por isso e que também não será reconhecido.
          Pois bem. Ainda faltam duas turmas para eu passar essa aula sobre Barroco. Será uma segunda tentativa, pois na primeira, mesmo já tendo arranjado tudo o que faltara nas outras vezes- adaptadores, extensões, cabos e computador,descobri que as tomadas das salas das respectivas turmas eram de enfeite,pois estavam ali sem corrente elétrica.
           Escrevo, portanto, esta crônica para mostrar-lhes, meus amigos,minhas amigas, leitores e leitoras, como é complicado trabalhar nas escolas públicas deste país. Por mais que tentemos cumprir com  nosso papel, esbarramos com esse  e com tantos outros tipos de problema.Num estado no qual  já ouvimos falar tanto em "choque de ordem", há um descaso total com as mínimas situações do ambiente escolar.A história contada parece piada, mas é verdadeira.Agora, além de apagador e caneta, os professores precisam carregar cabos, tomadas,computadores, adaptadores e extensões dentro das suas  bolsas, pastas e mochilas.
         Será que nós é que temos que usar "adaptadores" para nos ajustarmos a esse ambiente escolar que não apresenta  condições para a realização de um  trabalho decente e de qualidade? Temos que nos adaptar a salários baixos, a ameaças de corte do nosso triênio?
           Portanto, antes de forçar o professor a assinar um termo de compromisso no momento do  preenchimento das notas bimestrais,o que é algo arbitrário, cumpram vocês, governantes, o termo de compromisso firmado com a população durante a campanha eleitoral.Respeitem os profissionais da educação.
       

   
     
       

     
       
       
   

domingo, 13 de maio de 2012

A TODAS AS MÃES DO MUNDO




Encontro em teus braços
Refúgio constante das minhas dores
Um pedaço do céu só pra mim
Repleto de nuvens de algodão
Que emitem uma canção
Só pra mim

Me guias em meus passos,
Me cobres de carinhos e de safanões
E mesmo assim
Eu sei que depois de grande
Serás eternamente
Só pra mim

Àquela que me ama
Que me enxerga de verdade
Como sou

Nem que passe cem anos
Sei  que por mim olharás
E seus beijos molhados
E seu abraço apertado
E seu olhar de ternura
E sua voz com doçura
E seus cabelos de deusa
E suas canções de ninar
Viverão para sempre aqui

Nos meus beijos molhados
No meu abraço apertado
No meu olhar,
No meu jeito de ser

Em todas as coisas
Sempre existirá você:
                       Minha tão amada mãe.


segunda-feira, 7 de maio de 2012

A ÚLTIMA VEZ



Incrédulos os meus ouvidos ficaram
Quando a sua boca, até então nua,
Desferiu-me o golpe mortal,
Confessando-me sua falta de amor.

Por segundos, todo o corpo estremeceu
Minha alma empalideceu
Meu coração, até então aquecido,
Esfriou,baqueou,ensandeceu.

Foi breve e longo
Aquele momento de adeus
E meus olhos mareados
Iriam vê-lo ali.
Seria aquela a derradeira,
Seria aquela a última vez.

terça-feira, 1 de maio de 2012

LINGUAGEM




Que não seja hipócrita em não aceitar só nos outros o que faço
E ostentar com orgulho uma perfeição inexistente
E assim ser um lobo com risos de hiena
Mantendo no rosto um sorriso delinquente

Que seja franco o que se diz amigo
E que o inimigo seja o verdadeiro falso
Sem trocas de papéis ou intenções
Que se assuma o que eu verdadeiro faço

E que assim engavete os lamentos
E respeite a linguagem dos meus olhos
Que são mais profundos nos sentimentos
Que minhas próprias palavras.

(Dimensões 2008)

quinta-feira, 26 de abril de 2012

O Piscinão de Ramos amanheceu triste:Morre Dicró (Notícia retirada do site último segundo )






Foto: Futura PressO sambista Carlos Roberto de Oliveira, o Dicró, em agosto de 2011






    Morreu, aos 66 anos, no final da noite de quarta-feira (25), em Magé, na região metropolitana do Rio de Janeiro, o sambista Carlos Roberto de Oliveira, o Dicró, que ganhou notoriedade com letras bem-humoradas e de duplo sentido.
     Vascaíno, Dicró nasceu em 14 de fevereiro de 1946, e se especializou em sambas satíricos, cujas letras davam ênfase ao dia a dia do subúrbio e da Baixada Fluminense. O apelido "Dicró" veio da assinatura que ele utilizava com as suas iniciais "De C.R.O." quando fazia parte dos compositores de um bloco de Nilópolis.
Entre alguns dos sambas bem-humorados de sua autoria estão "A Vaca da Minha Sogra", "Botei Minha Nega no Seguro", "Funeral do Ricardão", "Olha a Rima" e "Chatuba".