quinta-feira, 26 de abril de 2012

O Piscinão de Ramos amanheceu triste:Morre Dicró (Notícia retirada do site último segundo )






Foto: Futura PressO sambista Carlos Roberto de Oliveira, o Dicró, em agosto de 2011






    Morreu, aos 66 anos, no final da noite de quarta-feira (25), em Magé, na região metropolitana do Rio de Janeiro, o sambista Carlos Roberto de Oliveira, o Dicró, que ganhou notoriedade com letras bem-humoradas e de duplo sentido.
     Vascaíno, Dicró nasceu em 14 de fevereiro de 1946, e se especializou em sambas satíricos, cujas letras davam ênfase ao dia a dia do subúrbio e da Baixada Fluminense. O apelido "Dicró" veio da assinatura que ele utilizava com as suas iniciais "De C.R.O." quando fazia parte dos compositores de um bloco de Nilópolis.
Entre alguns dos sambas bem-humorados de sua autoria estão "A Vaca da Minha Sogra", "Botei Minha Nega no Seguro", "Funeral do Ricardão", "Olha a Rima" e "Chatuba".

quarta-feira, 25 de abril de 2012

OS 10 MANDAMENTOS DA COMUNICAÇÃO (Retirado do blog da professora Cristina Constância)




OS 10 MANDAMENTOS  DA COMUNICAÇÃO
(Retirado do blog da professora Cristina Constância: http://professoracristinaconstancia.blogspot.com.br/ )

1. Falar


- Falar e comunicar
- Sempre falar com respeito


2. Ouvir


- Você está realmente ouvindo?
- Qual foi a última coisa que foi dita?


3. Saber calar


- Que benefício você terá se falar agora?
- Peça "desculpas" - sempre peça perdão e perdoe


4. Aprendendo juntos


- Tente - isto pode funcionar
- Não se tornem dependentes um do outro
- Aprender todos os dia algo pequeno que interesse a todos


5. Encorajamento


- Nunca diga "Eu não disse?"


6. Presentes


- Presentes são sempre apreciados. Nem sempre o presente material é o melhor. Palavras estimulantes sim.


7. Roupas


- Vista-se para você se sentir bem - para mais ninguém - e de acordo com o momento


8. Humor


- Sorria, fale de forma agradável e sempre mantenha seu bom-humor


9. Dar


- Não critique os outros
- Faça a coisa certa para você mesmo (a)
- Pare de olhar para os outros


10. Apreciação


- Diga obrigado, sempre!
-Sempre demostre apreciação











Gostei muito desse texto, por isso achei interessante colocá-lo aqui.Vale a dica. Obrigada, Cristina.

segunda-feira, 23 de abril de 2012

Ao meu querido guerreiro (Salve Jorge! - 3a parte)


Diante da sua imagem, sempre pedi sua proteção
Nas vezes em que a vida parecia emaranhada
Nas vezes em que os caminhos pareciam fechados
Nas vezes que muitos tentavam derrubar-me.

Diante da sua imagem, já derramei lágrimas
Nas vezes que a ingratidão visitou-me
Nas vezes que a traição rondou-me.

Diante da sua imagem,roguei por sua proteção
Nas vezes que enfrentaria gigantes e dragões cuspindo fogo materializados de gente
Na vez em que um de seus filhos sofria o mal da doença grave
E supliquei que o colocasse em seu cavalo e o levasse ao encontro da paz e,assim, aconteceu.

Diante da sua imagem, já agradeci inúmeras vezes
Por me cobrir com seu manto e me emprestar suas armas,
Por me fazer invisível e arrebentar as correntes antes que me alcançassem

Por tudo isso, meu protetor de todas as horas,
Agradeço e lhe faço reverência,
Pois sei que não desampara seus filhos,
Pois sei que sempre estarei protegida 
Com as armas de Jorge
E mal algum temerei
Porque sempre estará comigo.
Salve, Jorge!
Ogunhê!
(Ana Cristina Rosito)






Salve Jorge! (2a parte) Zeca Pagodinho e Jorge Ben Jor - Ogum







Deus adiante paz e guia
Encomendo-me a Deus e a virgem Maria minha mãe .. 
Os doze apóstolos meus irmãos
Andarei nesse dia nessa noite
Com meu corpo cercado vigiado e protegido
Pelas as armas de são Jorge
São Jorge sendo com praça na cavalaria
Eu estou feliz porque eu também sou da sua companhia
Eu estou vestido com as roupas e as armas de Jorge
Para que meus inimigos tendo pé não me alcancem
Tendo mãos não me pegue não me toquem
Tendo olhos não me enxerguem
E nem em pensamento eles possam ter para me fazerem mal
Armas de fogo o meu corpo não alcançara
Facas e lanças se quebrem se o meu corpo tocar
Cordas e correntes se arrebentem se ao meu corpo amarrar 
Pois eu estou vestido com as roupas e as armas de Jorge 
Jorge é da capadócia. Salve Jorge!

Salve Jorge! (1a parte: Lei, história e sincretismo)

 



   Hoje é feriado no município do Rio de Janeiro. E eu, como devota de São Jorge, não poderia deixar de falar sobre esse dia.Vamos começar com um pouco de informação a respeito do feriado e sobre esse guerreiro chamado Jorge que tanto nos ampara e protege.Primeiro, usarei algumas informações retiradas da internet como textos, vídeo,imagem,oração a são Jorge. Depois , postarei um texto que fiz em sua homenagem.
     Comecemos pela aprovação da lei que instituiu esse dia como feriado no  município do Rio de Janeiro.

CÂMARA MUNICIPAL DO RIO DE JANEIRO


O Presidente da Câmara Municipal do Rio de Janeiro nos termos do artigo 56, inciso IV combinado com o art. 79, § 7º, todos da Lei Orgânica do Município, de 5 de abril de 1990, promulga a Lei nº 3302, de 13 de novembro de 2001, oriunda do Projeto de Lei nº 197, de 2001, de autoria do Senhor Vereador Jorge Babu.



LEI Nº 3302, DE 13 DE NOVEMBRO DE 2001


Institui como feriado Municipal o dia 23 de abril, dia de São Jorge. 


Art. 1º Fica instituído como feriado Municipal o dia 23 de abril, dia de São Jorge.


Art. 2º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.


Câmara Municipal do Rio de Janeiro, em 13 de novembro de 2001.


SAMI JORGE HADDAD ABDULMACIH

Presidente

___________________________


(Retirado de   http://www.trtrio.gov.br/Normas/CMRJ/Lei… )


SÃO JORGE DA CAPADÓCIA



São Jorge (275 - 23 de abril de 303) foi, de acordo com a tradição, um padre e soldado romano no exército do imperador Diocleciano, venerado como mártir cristão. Na hagiografia, São Jorge é um dos santos mais venerados no catolicismo (tanto na Igreja Católica Romana e na Igreja Ortodoxa como também na Comunhão Anglicana). Também é venerado em diversos cultos das religiões afro-brasileiras, onde é sincretizado na forma de Ogum. É imortalizado no conto em que mata o dragão e também é um dos Catorze santos auxiliares. Considerado como um dos mais proeminentes santos militares, sua memória é celebrada dia 23 de abril como também em 3 de novembro, quando, por toda parte, se comemora a reconstrução da igreja dedicada a ele na Lida (Israel), onde se encontram suas relíquias, erguida a mando do imperador romano Constantino I.
É o santo padroeiro em diversas partes do mundo: InglaterraPortugalGeórgiaCatalunha,Lituânia, da cidade de Moscou e, extra-oficialmente, da cidade do Rio de Janeiro (título oficialmente atribuído a São Sebastião), além de ser padroeiro dos escoteiros, do S.C Corinthians Paulista e da Cavalaria do Exército Brasileiro. Há uma tradição que aponta o ano 303 como ano da sua morte. Apesar de sua história se basear em documentos lendários e apócrifos (decreto gelasiano do século VI), a devoção a São Jorge se espalhou por todo o mundo. A devoção a São Jorge pode ter também suas origens na mitologia nórdica, pela figura de Sigurd, o caçador de dragões.
De acordo com a lenda, Jorge teria nascido na antiga Capadócia, região do centro da Anatólia que, atualmente, faz parte da República da Turquia. Ainda criança, mudou-se para a Palestina com sua mãe após seu pai morrer em batalha. Sua mãe, ela própria originária da Palestina, Lida, possuía muitos bens e o educou com esmero. Ao atingir a adolescência, Jorge entrou para a carreira das armas, por ser a que mais satisfazia à sua natural índole combativa. Logo foi promovido a capitão do exército romano devido a sua dedicação e habilidade — qualidades que levaram o imperador a lhe conferir o título de conde da Capadócia. Aos 23 anos passou a residir na corteimperial em Nicomédia, exercendo a função de Tribuno Militar.
Nesse tempo sua mãe faleceu e ele, tomando grande parte nas riquezas que lhe ficaram, foi-se para a corte do Imperador. Jorge, ao ver que urdia tanta crueldade contra os cristãos, parecendo-lhe ser aquele tempo conveniente para alcançar a verdadeira salvação, distribuiu com diligência toda a riqueza que tinha aos pobres.
O imperador Diocleciano tinha planos de matar todos os cristãos e no dia marcado para o senado confirmar o decreto imperial, Jorge levantou-se no meio da reunião declarando-se espantado com aquela decisão, e afirmou que os romanos deviam se converter ao cristianismo.

Como Jorge mantinha-se fiel ao cristianismo, o imperador tentou fazê-lo desistir da fé torturando-o de vários modos. E, após cada tortura, era levado perante o imperador, que lhe perguntava se renegaria a Jesus para adorar os ídolos. Todavia, Jorge reafirmava sua fé, tendo seu martírio aos poucos ganhado notoriedade e muitos romanos tomado as dores daquele jovem soldado, inclusive a mulher do imperador, que se converteu ao cristianismo. Finalmente, Diocleciano, não tendo êxito, mandou degolá-lo no dia 23 de abril de 303, em Nicomédia (Ásia Menor).Todos ficaram atônitos ao ouvirem estas palavras de um membro da suprema corte romana, defendendo com grande ousadia a fé em Jesus Cristo. Indagado por um cônsul sobre a origem dessa ousadia, Jorge prontamente respondeu-lhe que era por causa da Verdade. O tal cônsul, não satisfeito, quis saber: "O que é a Verdade?". Jorge respondeu-lhe: "A Verdade é meu Senhor Jesus Cristo, a quem vós perseguis, e eu sou servo de meu redentor Jesus Cristo, e Nele confiando me pus no meio de vós para dar testemunho da Verdade."

Os restos mortais de São Jorge foram transportados para Lida (Antiga Dióspolis), cidade em que crescera com sua mãe. Lá ele foi sepultado, e mais tarde o imperador cristão Constantino mandou erguer suntuoso oratório aberto aos fiéis, para que a devoção ao santo fosse espalhada por todo o Oriente.
Pelo século V, já havia cinco igrejas em Constantinopla dedicadas a São Jorge. Só no Egito, nos primeiros séculos após sua morte, construíram-se quatro igrejas e quarenta conventos dedicados ao mártir. Na Armênia, em Bizâncio, no Estreito de Bósforo na Grécia, São Jorge era inscrito entre os maiores santos da Igreja Católica.


Lenda do dragão e da princesa

Imagem do santo localizada na Igreja de São Jorge no Centro do Rio de Janeiro
Baladas medievais contam[3] que Jorge era filho de Lorde Albert de Coventry. Sua mãe morreu ao dá-lo à luz e o recém nascido Jorge foi roubado pela Dama do Bosque para que pudesse, mais tarde, fazer proezas com suas armas. O corpo de Jorge possuia três marcas: um dragão em seu peito, uma jarreira em volta de uma das pernas e uma cruz vermelho-sangue em seu braço. Ao crescer e adquirir a idade adulta, ele primeiro lutou contra os sarracenos e, depois de viajar durante muitos meses por terra e mar, foi para Sylén, uma cidade da Líbia.
Nesta cidade, Jorge encontrou um pobre eremita que lhe disse que toda a cidade estava em sofrimento, pois lá existia um enorme dragão cujo hálito venenoso podia matar toda uma cidade, e cuja pele não poderia ser perfurada nem por lança e nem por espada. O eremita lhe disse que todos os dias o dragão exigia o sacrifício de uma bela donzela e que todas as meninas da cidade haviam sido mortas, só restando a filha do rei, Sabra, que seria sacrificada no dia seguinte ou dada em casamento ao campeão que matasse o dragão.
Casamento de São Jorge e Sabra
Ao ouvir a história, Jorge ficou determinado em salvar a princesa. Ele passou a noite na cabana do eremita e quando amanheceu partiu para o vale onde o dragão morava. Ao chegar lá, viu um pequeno cortejo de mulheres lideradas por uma bela moça vestindo trajes de pura seda árabe. Era a princesa, que estava sendo conduzida pelas mulheres para o local do sacrifício. São Jorge se colocou na frente das mulheres com seu cavalo e, com bravas palavras, convenceu a princesa a voltar para casa.
O dragão, ao ver Jorge, sai de sua caverna, rosnando tão alto quanto o som de trovões. Mas Jorge não sente medo e enterra sua lança na garganta do monstro, matando-o. Como o rei do Marrocos e do Egito não queria ver sua filha casada com um cristão, envia São Jorge para a Pérsia e ordena que seus homens o matem. Jorge se livra do perigo e leva Sabra para a Inglaterra, onde se casa e vive feliz com ela até o dia de sua morte, na cidade de Coventry.
De acordo com a outra versão[4], Jorge acampou com sua armada romana próximo a Salone, na Líbia. Lá existia um gigantesco crocodilo alado que estava devorando os habitantes da cidade, que buscaram refúgio nas muralhas desta. Ninguém podia entrar ou sair da cidade, pois o enorme crocodilo alado se posicionava em frente a estas. O hálito da criatura era tão venenoso que pessoas próximas podiam morrer envenenadas. Com o intuito de manter a besta longe da cidade, a cada dia ovelhas eram oferecidas à fera até estas terminarem e logo crianças passaram a ser sacrificadas.
O sacrifício caiu então sobre a filha do rei, Sabra, uma menina de quatorze anos. Vestida como se fosse para o seu próprio casamento, a menina deixou a muralha da cidade e ficou à espera da criatura. Jorge, o tribuno, ao ficar sabendo da história, decidiu pôr fim ao episódio, montou em seu cavalo branco e foi até o reino resgatá-la. Jorge foi até o reino resgatá-la, mas antes fez o rei jurar que se a trouxesse de volta, ele e todos os seus súditos se converteriam ao cristianismo. Após tal juramento, Jorge partiu atrás da princesa e do "dragão". Ao encontrar a fera, Jorge a atinge com sua lança, mas esta se despedaça ao ir de encontro à pele do monstro e, com o impacto, São Jorge cai de seu cavalo. Ao cair, ele rola o seu corpo, até uma árvore de laranjeira, onde fica protegido por ela do veneno do dragão até recuperar suas forças.
Ao ficar pronto para lutar novamente, Jorge acerta a cabeça do dragão com sua poderosa espada Ascalon. O dragão derrama então o veneno sobre ele, dividindo sua armadura em dois. Uma vez mais, Jorge busca a proteção da laranjeira e em seguida, crava sua espada sob a asa do dragão, onde não havia escamas, de modo que a besta cai muito ferida aos seus pés. Jorge amarra uma corda no pescoço da fera e a arrasta para a cidade, trazendo a princesa consigo. A princesa, conduzindo o dragão como um cordeiro, volta para a segurança das muralhas da cidade. Lá, Jorge corta a cabeça da fera na frente de todos e as pessoas de toda cidade se tornam cristãs.
dragão (o demônio) simbolizaria a idolatria destruída com as armas da Fé. Já a donzela que o santo defendeu representaria a província da qual ele extirpou as heresias.

São Jorge e a lua

A ligação de São Jorge com a lua é algo puramente brasileiro, com forte influência da cultura africana. . A tradição diz que as manchas apresentadas pela lua representam o milagroso santo, seu cavalo e sua espada pronto para defender aqueles que buscam sua ajuda.

(Texto e imagens retirados do site http://pt.wikipedia.org/wiki/S%C3%A3o_Jorge no qual há as respectivas referências bibliográficas e mais informações sobre São Jorge)

SINCRETISMO RELIGIOSO

Ogum é um orixá cultuado nas religiões de Umbanda e Candomblé, correspondendo a São Jorge
Ele  é lembrado como conquistador e caçador, a quem sempre defendeu os seus e sempre proveu de alimentos sua tribo. Contudo, no Brasil, seu mito muda de aspecto,pois,  devido à lógica da escravidão, os africanos acabam por exaltar outros aspectos desta divindade, de forma a contemplar seus anseios. Buscando se livrar dos castigos dos seus Senhores, passavam, então, a privilegiar o aspecto guerreiro e violento da divindade.
Ogum é o guerreiro, general destemido e estratégico, é aquele que veio para ser o vencedor das grandes batalhas, o desbravador que busca a evolução.
Defensor dos desamparados, segundo a lenda, Ogum andava pelo mundo comprando a causa dos indefesos, sempre muito justo e benevolente. Ele era o ferreiro dos orixás, senhor das armas e dono das estradas. Irreverente, pois é um orixá valente, traz na espada tudo o que busca. Sua cor é vermelha e seu dia da semana terça-feira.
Os filhos de Ogum são pessoas determinadas e com vigor e espírito de competição. Mostram-se líderes natos e com coragem para enfrentar qualquer missão, mas são francos e, às vezes, rudes ao impor sua vontade e idéias. Arrependem-se quando vêem que erraram, assim, tornam-se abertos a novas idéias e opiniões, desde que sejam coerentes e precisas.
As pessoas de Ogum são práticas e inquietas, nunca "falam por trás" de alguém, não gostam de traição, dissimulação ou injustiça com os mais fracos.









sábado, 21 de abril de 2012

Voltas



Tentando copiar o mundo
Fiz-me zonzo, mudo, sem fronteiras
No girar da roda da vida.

E é tanta ida, vinda
E o quanto é linda!
Um vai e vem magistral
Que me perco em suas linhas
E me acho nas avenidas
Em seu imenso carnaval.


                                                                                Publicado em Dimensões.

Reflexões e reajustes

     

    Já estou há um certo tempo para escrever sobre esse assunto, mas, muitas vezes ,me faltaram as palavras.Não que eu vá garantir que escreverei aqui as palavras certas ou que escreverei palavras suficientes para dar conta de um assunto tão delicado e que fere, na mesma proporção, todos nós.Acho que, em relação a isso, todos sofremos,mas a forma com que lidamos com esse fato devido a muitos motivos- sejam eles culturais, religiosos ou de valores e hábitos  familiares- é que pode variar.
    
      Muitas pessoas julgam aquele que não derrama nenhuma lágrima quando chega a hora de encarar uma situação como essa.Há a lágrima que fica presa, represada dentro de algumas pessoas o que não significa que sofram menos ou que nada sofram.Nesses momentos, as pessoas mostram-se mais solidárias- o que pode durar um dia, uma semana ou meses, mas geralmente, quando se passa por uma situação como essa, só se percebe a mão estendida no dia seguinte quando você acorda e percebe que tudo que você viveu no dia anterior não era um sonho.A rotina muda e, dependendo do vínculo existente com a pessoa que nos deixa, você fica com a sensação de vazio.Um vazio tão profundo que você passa a meditar sobre a sua vida e, nessa hora, passa um filme e você percebe, muitas vezes, que aquilo que até então tinha importância torna-se tão pequeno, tão insignificante e que tudo pode mudar em uma fração de segundo e  você que achava que controlava tudo descobre que  era um tolo por assim pensar.
     
     Nessa hora, Deus mostra a sua força absoluta e nos coloca em nosso lugar.Nessa hora, você percebe que o mundo não para para esperar o  tempo da sua dor estancar ou amenizar. A roda da vida não para Hoje em dia, então, gira mais rápido.E,dependo do vínculo que você tenha com a pessoa que se foi, a dor da perda pode durar a vida inteira e a sua vida não pode parar se o mundo não para.Mas o que fazer?Primeiro é aceitar o inevitável e ter em mente que não tem jeito: todo mundo vai passar por isso. 
    
    Lembro-me que quando o meu pai nos deixou num processo muito doloroso a todos, eu fazia aniversário menos de dois meses depois e, lá em casa,  ele sempre gostou de festas e sempre comemorou o meu aniversário me surpreendendo com flores,presentes e com sua presença que era forte e marcante.Lembro-me que, na última festa que tive, um ano antes de ele partir, ele contratou carro de som, houve churrasco, faixa comemorativa... meio que uma despedida mesmo. E o que foi interessante é que eu senti que seria a última festa com todas aquelas pessoas que ali estavam.Lembro-me que me afastei por um momento, encostei-me num daqueles frades que são colocados para ninguém estacionar na calçada e fiquei observando as pessoas que se divertiam.Num determinado momento, o meu namorado na época se aproximou e me perguntou o motivo da  lágrima que escorria no meu rosto,se eu estava triste. Respondi: "Não estou triste.Apenas sei que essa festa, dessa forma, será a última e estou aqui admirando um pouco as pessoas."

      No meu aniversário, passei o dia inteiro arrumando meu armário. Não queria parar para pensar.Queria transformar a minha dor em algo bom.Retirei tudo que não servia mais na pessoa em que eu me transformara depois de tão grande perda.Resolvi, naquele dia de quinze de setembro de 2008,doar tudo que não precisava mais e o que eu não necessitaria para continuar a minha caminhada. Afinal, havia muita coisa ainda a ser feita. Era um momento para agradecer por tanta alegria tida ao longo de tantos anos. Era tempo de refletir sobre tudo.Era momento de prosseguir sem lamentações, pois querendo ou não um ciclo se encerrava e outro começava a partir dali.